ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
16-12-2009.
Aos dezesseis dias do mês de dezembro do ano de dois
mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto
Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Raul,
Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João
Pancinha, Luciano Marcantônio, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mauro Zacher,
Reginaldo Pujol, Toni Proença e Valter Nagelstein. Constatada a existência de
quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Thiago
Duarte, Elias Vidal, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Sebastião Melo,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Do EXPEDIENTE, constaram:
Ofício s/nº, da Câmara dos Deputados; Comunicado nº 131348/09, do senhor Daniel
Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação –
FNDE. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram
aprovadas as Atas da Centésima, Centésima Primeira, Centésima Segunda,
Centésima Terceira, Centésima Quarta, Centésima Quinta, Centésima Sexta e
Centésima Sétima Sessões Ordinárias, da Décima Quinta, Décima Sexta, Décima
Sétima, Décima Oitava, Décima Nona e Vigésima Primeira Sessões Extraordinárias
e da Décima Sexta e Décima Sétima Sessões Solenes e a Ata Declaratória da
Vigésima Sessão Extraordinária. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o
vereador Beto Moesch. A seguir, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria da
Mesa Diretora, ao Projeto de Lei do Executivo nº 048/09 (Processo nº 5857/09)
e, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento de
autoria do vereador Sebastião Melo, solicitando que a referida Emenda fosse
dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em continuidade,
constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, o vereador
Toni Proença formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na priorização
para a Ordem do Dia da presente Sessão, Requerimento esse retirado pelo autor,
tendo-se manifestado a respeito a vereadora Maria Celeste. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 037/09, após ser
discutido pelo vereador Engenheiro Comassetto. Em prosseguimento, foram
apregoadas as Emendas nos 05, de autoria do vereador Valter
Nagelstein, Líder do Governo, e 06, de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo,
Vice-Líder da Bancada do PMDB, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
008/09 (Processo nº 5425/09). Também, foram aprovados Requerimentos de autoria
dos vereadores Valter Nagelstein e Bernardino Vendruscolo, solicitando,
respectivamente, que as Emendas nos 05 e 06, apostas ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 008/09, fossem dispensadas do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foram
aprovados a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 212/09, e
o Projeto original. Na oportunidade, os vereadores Valter Nagelstein e Aldacir
José Oliboni manifestaram-se acerca da discussão geral e encaminhamento à
votação de proposições constantes na priorização para a Ordem do Dia da
presente Sessão. A seguir, foi apregoada a Emenda nº 07, de autoria do vereador
Haroldo de Souza, Líder da Bancada do PMDB, ao Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 008/09 e foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Haroldo
de Souza, solicitando que a referida Emenda fosse dispensada do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Também, a vereadora Maria Celeste e os
vereadores Sebastião Melo e Toni Proença manifestaram-se acerca do Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 009/09 (Processo nº 5572/09) e o vereador
Valter Nagelstein manifestou-se acerca do Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 008/09. Em continuidade, foi apregoada a Emenda nº 08, de autoria
dos vereadores João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, e João Carlos Nedel,
ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09 e foi aprovado
Requerimento de autoria do vereador João Carlos Nedel, solicitando que a
referida Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões
Permanentes, tendo-se manifestado a respeito os vereadores Reginaldo Pujol,
Valter Nagelstein e Bernardino Vendruscolo. Também, a vereadora Sofia Cavedon
formulou Requerimento verbal, solicitando fossem encaminhadas ao Governo do
Estado providências relativas à preservação do Castelo de Pedras Altas. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 020/09. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados a Emenda
nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 048/09, e o Projeto original,
tendo-se manifestado a respeito a vereadora Maria Celeste e os vereadores Reginaldo
Pujol, Haroldo de Souza e Valter Nagelstein. Em Votação, foi aprovado o Requerimento
nº 158/09. Após, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria da vereadora Maria
Celeste, Líder da Bancada do PT, e do vereador Valter Nagelstein, Líder do Governo,
ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 009/09 e foi aprovado Requerimento
de autoria da vereadora Maria Celeste, solicitando que a referida Emenda fosse
dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foram apregoados
Requerimentos de autoria da vereadora Maria Celeste e do vereador João Antonio
Dib, deferidos pelo senhor Presidente, solicitando votação em destaque,
respectivamente, para as Emendas nos 01 e 03, apostas ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 008/09. Na ocasião, o senhor Presidente
registrou a presença, neste Plenário, dos senhores Paulo Roberto Borgatti
Coutinho e Carlos Evandro Alves da Silva, respectivamente Presidente e
ex-Presidente do Sindicato da Indústria Gráfica no Rio Grande do Sul -
SINDIGRAF/RS. Em prosseguimento, foram aprovados Requerimentos de autoria dos
vereadores Haroldo de Souza e Mauro Zacher, solicitando a retirada de
tramitação, respectivamente, das Emendas nos 07 e 04, apostas ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09. Também, foi apregoada a
Emenda nº 09, de autoria do vereador Valter Nagelstein, Líder do Governo, ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09 e foi aprovado Requerimento
de autoria do vereador Valter Nagelstein, solicitando que a referida Emenda
fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Ainda, o
senhor Presidente registrou as presenças, neste Plenário, dos senhores
Cristiano Roberto Tatsch e Zulmir Ivânio Breda, respectivamente Secretário e
Secretário-Adjunto da Secretaria Municipal da Fazenda. Em Discussão Geral e
Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09,
discutido pelos vereadores João Carlos Nedel, Beto Moesch, Sofia Cavedon, Luiz
Braz, Bernardino Vendruscolo, Mauro Zacher e Mauro Pinheiro. Durante a
apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09, o vereador
João Antonio Dib cedeu seu tempo de discussão ao vereador João Carlos Nedel.
Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 008/09, por nove votos SIM, dezessete votos NÃO e
duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelos vereadores João Carlos
Nedel e Airto Ferronato, em votação nominal solicitada pelo vereador João
Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José
Oliboni, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Mario Manfro, Mauro Zacher,
Paulinho Ruben Berta, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr.
Raul, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Pancinha, Luciano Marcantônio,
Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção os
vereadores Pedro Ruas e Sebastião Melo. Foi votada destacadamente e aprovada a
Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09, por
dezenove votos SIM, nove votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à
votação pelos vereadores João Antonio Dib e Airto Ferronato, em votação nominal
solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os vereadores Adeli
Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Dr. Raul, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni
Proença, votado Não os vereadores Haroldo de Souza, João Pancinha, Luciano
Marcantônio, Marcello Chiodo, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho
Ruben Berta e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção os vereadores Beto
Moesch e Sebastião Melo. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos
05, 06, 08 e 09, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09.
Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/09. A seguir, o
vereador Adeli Sell manifestou-se informando que, em face de designação da Mesa
Diretora, demandas relativas à área de comunicação social deste Legislativo
devem ser encaminhadas a Sua Excelência. Às dezesseis horas e vinte e um
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
dezesseis horas e vinte e dois minutos, constatada a existência de quórum. Em
Discussão Geral e Votação, foram aprovados a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 009/09, e o Projeto original, após serem
discutidos pelo vereador Valter Nagelstein e pela vereadora Maria Celeste. Em
Votação, foi aprovado o Requerimento nº 155/09, por dezesseis votos SIM, três
votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação pela vereadora
Sofia Cavedon e pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Reginaldo Pujol,
Luciano Marcantônio e Pedro Ruas, em votação nominal solicitada pelo vereador
Haroldo de Souza, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul, Elias Vidal, Engenheiro
Comassetto, Haroldo de Souza, João Pancinha, Marcello Chiodo, Maria Celeste,
Mauro Zacher, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein,
votado Não os vereadores Luciano Marcantônio, Mario Manfro e Reginaldo Pujol e
optado pela Abstenção os vereadores Alceu Brasinha, Ervino Besson, Nelcir
Tessaro e Nilo Santos. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Executivo nº 021/09, por vinte e três votos SIM e duas ABSTENÇÕES, em
votação nominal solicitada pelo vereador Adeli Sell, tendo votado Sim os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo,
Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Ervino
Besson, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Marcello Chiodo, Maria Celeste,
Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Reginaldo Pujol, Tarciso
Flecha Negra, Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir Canal e optado pela
Abstenção o vereador Pedro Ruas e a vereadora Sofia Cavedon. Em continuidade,
foram aprovados Requerimentos de autoria do vereador Nelcir Tessaro,
solicitando a retirada do regime de urgência dos Projetos de Lei do Legislativo
nos 095 e 149/09 (Processos nos 2205 e 3453/09,
respectivamente). Também, foram apregoados os seguintes Requerimentos,
deferidos pelos senhor Presidente, solicitando a inclusão de matérias na Ordem
do Dia, nos termos do artigo 81 da Lei Orgânica do Município: de autoria do
vereador Nelcir Tessaro, com referência aos Projetos de Lei do Legislativo nos
095 e 149/09 (Processos nos 2205 e 3453/09, respectivamente); de
autoria do vereador Mauro Pinheiro, com referência ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 154/09 (Processo nº 3502/09). Após, o senhor Presidente declarou
encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão,
os Projetos de Emenda à Lei Orgânica nos 003 e 004/09, os Projetos
de Lei do Legislativo nos 164, 230, 232 e 234/09, o Projeto de Lei
do Executivo nº 046/09 e o Projeto de Resolução nº 050/09; em 2ª Sessão, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 235/09, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei
do Executivo nº 023/09 e os Projetos de Resolução nos 044 e 048/09.
A seguir, a vereadora Maria Celeste procedeu à entrega, ao senhor Presidente,
de Requerimento de autoria dos vereadores Engenheiro Comassetto, Maria Celeste,
Pedro Ruas e Sofia Cavedon, solicitando, nos termos do artigo 57, inciso X, da
Lei Orgânica do Município, a convocação do senhor Cristiano Roberto Tatsch,
Secretário Municipal da Fazenda, para prestarem informações a esta Casa e, em
face de Questão de Ordem formulada pelo vereador Valter Nagelstein, o senhor
Presidente prestou esclarecimentos acerca da votação do referido Requerimento.
Às dezessete horas e oito minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores
para Sessão Extraordinária a ser realizada no dia de amanhã, às nove horas e
trinta minutos. Os trabalhos foram presididos
pelos vereadores Sebastião Melo, Adeli Sell e João Antonio Dib, este nos termos
artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelo vereador Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro,
1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela
Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será
assinada pela maioria dos seus integrantes.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Beto
Moesch está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, enquanto aguardamos o quórum - agora já temos - de
19 Vereadores para iniciarmos o período de votação, nós não poderíamos, Ver.
João Antonio Dib, que me cedeu o tempo de Liderança, deixar de registrar, nesta
tribuna, os 15 anos de atuação do Greenpeace, a maior instituição ambientalista
do mundo; 15 anos de atuação no Brasil e 15 anos de atuação em Porto Alegre também.
E por que esse registro? Primeiro, porque, neste momento, o mundo se reúne em
Copenhague para estabelecer novas formas, um novo sistema de desenvolvimento
para a humanidade, que nem cabe aqui esmiuçar, porque hoje a pauta ambiental
está sempre nos meios de comunicação, em qualquer roda, seja empresarial, seja
nas residências, no Poder Público. Mas é importante ressaltar que, se o
Greenpeace tem 15 anos de atuação aqui no Brasil, ele deixou essa sua atuação
junto com outras organizações não governamentais de cunho ambiental já por
demais implantadas e com muito trabalho também aqui no Brasil, como a Agapam,
que é a primeira entidade ecológica da América Latina e que é anterior ao
próprio Greenpeace, criado em 1971, aqui na cidade de Porto Alegre - isso é um
orgulho para nós, porto-alegrenses -, e que teve, Ver. João Antonio Dib, uma
resposta da própria Câmara de Vereadores e do Executivo para que esta Cidade
passasse a se estruturar com relação à defesa do meio ambiente; tanto é que, em
1976, se instituiu a primeira Secretaria do Meio Ambiente do País, a SMAM,
Secretaria Municipal do Meio Ambiente, de Porto Alegre. Portanto, quando o
Greenpeace vem ao Brasil, ele vem com o conhecimento de que teria - ao
contrário de muitos outros países -, no Brasil, mas principalmente no Rio
Grande do Sul e em Porto Alegre, um cenário muito maduro de uma sociedade que
sempre se mobilizou para a proteção do meio ambiente. Portanto, o Greenpeace
veio agregar ao trabalho que já estava sendo feito e que continua sendo feito,
seja com outras organizações não governamentais, seja com órgãos públicos,
ajudando na educação ambiental dentro e fora da escola, ajudando na elaboração
de normas de proteção ao meio ambiente, estabelecendo muita parceria nesse
sentido.
Por isso fica aqui o
registro dos 15 anos de atuação do Greenpeace no Brasil e em Porto Alegre, Ver.
Dr. Raul, V. Exª, que sempre acompanhou esse trabalho e colaborou muito quando
Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa. Fica, então, o
registro dos 15 anos de atuação do Greenpeace, de uma atuação em parceria tanto
com o setor público quanto com o setor privado. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Apregoo a
Emenda nº 01 ao PLE nº 048/09, de autoria da Mesa Diretora, que autoriza o
Poder Executivo a proceder ao adiantamento de recursos financeiros, para fins
de doação, pelos servidores municipais ativos e inativos, ao Fundo Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcriança) (Lê.): “Acrescenta o § 2º
ao art. 1º do Projeto de Lei nº 048/09, renumerando-se os demais, com a
seguinte redação: ‘§ 2º - Ficam estendidas as disposições da presente Lei aos
servidores da Câmara Municipal de Porto Alegre.’ ”
Em votação o
Requerimento, de autoria do Presidente Sebastião Melo, que solicita a dispensa
do envio da Emenda nº 01 ao PLE nº 048/09 à apreciação das Comissões. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Havendo quórum,
passamos à
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico:
Atas das 100ª, 101ª, 102ª, 103ª, 104ª, 105ª, 106ª, 107ª Sessões Ordinárias; das
15ª, 16ª, 17ª, 18ª, 19ª, 20ª e 21ª Sessões Extraordinárias; e das 16ª e 17ª
Sessões Solenes. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADAS por unanimidade.
O SR. TONI PROENÇA (Requerimento): Sr. Presidente, nós temos um Projeto que equaliza os tributos, o PLCE nº
008/09, e, por acordo de Bancada, solicitamos a seguinte ordem de votação: em
primeiro lugar, o PLCE nº 008/09; depois, segue-se a ordem normal.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente,
solicitamos ao Ver. Toni Proença que retire o seu Requerimento de inversão da
ordem de votação, porque nós precisamos de 24 votos e só temos 19 Vereadores
presentes no Plenário.
O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente,
retiro o Requerimento de inversão da ordem de votação.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Perfeito.
Vamos pela ordem natural.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 5088/09 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 037/09, que inclui § 3º no art. 3º da Lei nº 10.705, de 30
de junho de 2009, que Cria o Gabinete de Inovação e Tecnologia – Inovapoa/GP –,
cria e inclui cargos em comissão e funções gratificadas no Quadro de Cargos em
Comissão e Funções Gratificadas da Administração Centralizada do Anexo III da
Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações posteriores, e dá outras
providências.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver.
Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do
Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM;
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Em discussão o
PLE nº 037/09. (Pausa.) O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para
discutir o PLE nº 037/09.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente,
Ver. Adeli Sell; colegas Vereadores e Vereadoras; senhoras e senhores, o tema
inovação tecnológica é um tema importantíssimo não só para Porto Alegre; é um
tema mundial. Aquele Município que não trabalhar o tema da inovação tecnológica
está fora da agenda do desenvolvimento mundial.
Este Projeto de Lei
que estamos aprovando hoje cria mais um Cargo em Comissão, o de
Coordenador-Geral para o Gabinete de Inovação Tecnológica.
Tenho conversado
muito com o nosso colega Newton Braga Rosa, que foi indicado para estar lá
nessa função. No ano passado, nós votamos aqui, nesta Casa, e criamos
justamente a Secretaria de Inovação Tecnológica. Portanto, Ver. Valter
Nagelstein, votaremos favoravelmente, mas, mais uma vez, o Executivo Municipal,
o Prefeito Fogaça, manda para esta Casa Projetos pela metade. Ou será que não
era sabido que, para constituir uma Secretaria ou um Gabinete de Inovação
Tecnológica, já seria preciso haver cargos constituídos, já seria preciso haver
recursos constituídos? Nesse sentido, vem novamente um Projeto a esta Casa para
reformarmos uma Secretaria recém-criada, que é a Secretaria da Inovação
Tecnológica, cujo Secretário é o nosso colega Ver. Newton Braga Rosa.
Faço esta discussão,
porque se perde tempo, e a Cidade não pode perder tempo. A morosidade com que o
Prefeito Fogaça trata os projetos estratégicos para o desenvolvimento de Porto
Alegre é algo fantástico. E a Tecnologia da Informação e Comunicação se renova,
a cada ano, em nível mundial, numa velocidade incrível, Ver. João Antonio Dib,
que está ali com o seu colega de Partido, o nosso Ver. Newton Braga Rosa.
Há outro detalhe
aqui: há poucos dias, essa Secretaria - aqui adentra o Secretário Newton -, por
um conjunto de entidades, propôs alocar recursos para a Secretaria para que possamos
receber nada mais nada menos do que a Feira Mundial de Tecnologia da Informação
e Comunicação - a Cebit - um comitê montado a partir desta Casa, que está
conquistado para 2011. Por incrível que pareça, esta Casa rejeitou, por
orientação do Governo, uma Emenda direcionada à Secretaria de Inovação
Tecnológica, para que pudéssemos dar sustentação a essa política de Porto
Alegre. Então, há uma contradição, prezado Secretário Newton Braga Rosa.
Votaremos
favoravelmente, sim, mas fica a nossa crítica pelo fato de o Governo mandar o
Projeto em prestações. Criou-se a Secretaria; depois tem que criar cargos; o
Orçamento é muito aquém do necessário para o desenvolvimento dessa política na
cidade de Porto Alegre.
Portanto, a Bancada
do PT está dando apoio ao Projeto, mas, ao mesmo tempo, não deixa de fazer
estas críticas pela morosidade da política do Município para instalar um tema
tão primordial, tão estratégico para o desenvolvimento, que é o quê? Inovação
tecnológica no Município de Porto Alegre.
Nós estamos formando,
aqui em Porto Alegre, centenas de mentes brilhantes nessa área, e elas estão
sendo exportadas para o resto do mundo, por quê? Porque não tem mercado de
trabalho que as absorva aqui. Nós temos que preparar a Cidade para receber e
atrair empresas de todo o mundo. Eu uso sempre um dado aqui: 85% das empresas
de tecnologias da Alemanha são empresas com menos de 20 profissionais; e é esse
modelo que nós temos que desenvolver em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul,
até mesmo porque estamos perdendo terreno para o Vale do Rio dos Sinos - São
Leopoldo e Novo Hamburgo estão com uma política efetiva atraindo novas
empresas. Há poucos dias, a empresa Altus anunciou que vai construir o segundo chip brasileiro aqui no Vale dos Sinos.
Portanto, votaremos
favoravelmente, mas registramos: o Prefeito Fogaça está muito lento na
implementação dessas políticas, principalmente políticas de inovação
tecnológica. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Não há mais
quem queira discutir. Em votação o PLE nº 037/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Saúdo, neste momento,
o nosso colega Newton Braga Rosa, que coordena o Inovapoa; esse Projeto é da
sua alçada; portanto, parabéns pela aprovação do seu Projeto.
Apregoo a Emenda nº
05 ao PLCE nº 008/09. (Lê.): “Ficam alterados os §§ 3º e 4º do art. 69 - A Lei
Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, que passam a vigorar com a
seguinte redação: ‘§ 3º Em nenhuma hipótese os juros de mora previstos no caput deste artigo poderão ser
inferiores a 1% (um por cento) ao mês; § 4º Na hipótese de parcelamento, os
créditos parcelados ficarão sujeitos à taxa de juros de até 1% (um por cento)
ao mês’. ” É assinada pelo Líder do Governo, o Ver. Valter Nagelstein.
Em votação
Requerimento de autoria do Ver. Valter Nagelstein, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 05 ao PLCE nº 008/09 às Comissões da Casa. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda n°
06 ao PLCE nº 008/09, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que propõe
(Lê.): “Art. 10. Fica alterada a redação do art. 74 da Lei Complementar nº 07,
de 1973, que passa a vigorar com a seguinte redação: ‘Art. 74 Gozam dos mesmos
direitos reconhecidos ao proprietário, para fins do reconhecimento da imunidade
ou isenção, o detentor da posse e o titular de domínio útil com aptidão para
serem contribuintes do imposto, nos termos do art. 34 da Lei Federal nº 5.172,
de 25 de outubro de 1966, bem como o promitente comprador, desde que o contrato
de compra e venda esteja registrado no Registro de Imóveis e averbado à margem
da ficha cadastral”.
Em votação
Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Verndruscolo, solicitando dispensa
do envio da Emenda nº 06 ao PLCE nº 008/09 às Comissões da Casa. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 4333/09 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 212/09, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que
institui o Programa Respira Porto Alegre e dá outras providências. Com
Emenda no 02.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 02.
Observações:
- retirada a Emenda nº 01;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Em discussão
o PLL nº 212/09. (Pausa.) O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para
discutir o PLL nº 212/09.
O SR. VALTER NAGELSTEIN (Questão de Ordem): Faço um apelo: obviamente, discutir é faculdade de todos os Vereadores,
mas temos um acordo - inclusive quero cumprimentar e reconhecer a procedência
do pedido do Ver. Bernardino, hoje pela manhã, de postergação da votação,
porque, de fato, S. Exª produziu uma Emenda para a qual demos o acordo; nós
achamos que ela aperfeiçoa o texto da Lei, vem contribuir. É óbvio que não
tenho nenhum intuito de censurar a palavra de ninguém, e o nobre Ver. Aldacir
Oliboni, se quiser ocupar a tribuna, o.k.,
mas gostaríamos de, o quanto antes, poder enfrentar a matéria. É o apelo que
fica. Eu agradeço ao Vereador.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, com certeza vamos concordar com o encaminhamento do Líder do
Governo, até porque o Projeto que institui o Programa Respira Porto Alegre é de
extrema importância. O Parecer do Ver. Bernardino foi favorável quanto ao
Projeto e à Emenda nº 02. Portanto, como está no acordo para esta tarde, eu não
vou discutir ou encaminhar, mas peço o apoio dos demais colegas.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 212/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA pela unanimidade
dos presentes.
Em votação o
PLL nº 212/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO pela unanimidade
dos presentes.
Apregoo a
Emenda nº 07, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, ao PLCE nº 008/09. (Lê.):
“Altera a redação do inc. I do art. 68-A, proposta no art. 3º, como segue: ‘I -
Celebrar convênios com entes públicos e privados que atuem na esfera do
cadastro de devedores inadimplentes, para divulgação das informações referentes
aos créditos inscritos na Dívida Ativa.”
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 07 ao PLCE nº 008/09 às Comissões da Casa. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos
presentes.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Em discussão o
PLCE nº 009/09. (Pausa.)
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, no
final da manhã, nós havíamos combinado com o Presidente Sebastião Melo a
produção de uma Emenda a este Projeto. Eu gostaria de saber se foi configurada
a Emenda, em que pé ela está, antes de iniciarmos a discussão do Projeto.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver.
Sebastião Melo foi quem conduziu a discussão.
O SR. SEBASTIÃO MELO: V. Exª está falando
daquele Projeto tributário, dos taxistas. Ali há duas questões que eu quero
levar à reflexão de V. Exª e do Líder do Governo. Primeiro, há embasamento
legal para que o Poder Público coloque alguém, por inadimplência, no SPC?
Segundo, se é para colocar no SPC ou no Serasa, deve haver um prazo, e o
Projeto não diz; diz apenas que, se estiver inadimplente, irá para o Serasa,
mas deve haver um prazo. Terceiro, se é para colocar no Serasa ou no SPC - cá
para nós -, temos que botar os grandes em primeiro lugar, as grandes empresas
que devem ao Município! Eu quero aplaudir se elas forem para o SPC e para o
Serasa. Agora, botar o pequenino no SPC, de uma hora para outra, não dá.
Então, eu levo ao
conhecimento de V. Exªs essas três questões, que precisam ser
enfrentadas neste Projeto, na minha avaliação. Eu li o Projeto, acho que é
importante, até porque essa questão da isenção dos taxistas - eu quero dizer,
com certeza, que vários Vereadores foram procurados -, em 2007, nós votamos uma
lei dando isenção aos proprietários de um carro. Só que os taxistas tinham,
Ver. Toni, de solicitar essa isenção; eles não fizeram essa solicitação, e
vários começaram a ser autuados. Eles estiveram aqui na Presidência. Eu falei
com o Secretário da Fazenda, falei com o Prefeito. Então, agora está isentando,
dizendo que o Sindicato pode fazer essa questão - facilita - e fazendo a
remissão para trás, perdoando. Então, é absolutamente meritório o Projeto.
Agora, junto vem essa outra questão que precisa ser, na minha opinião,
avaliada.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente,
diante dessa questão, eu quero, então, encaminhar à Mesa uma Emenda de autoria
da Bancada do PT, que, justamente, vai ao encontro do que o senhor fala,
suprimindo o inciso I do art. 68, § 2º do presente Projeto, se não houver ainda
o acordo dessas questões. Mas eu já quero garantir e apregoar esta Emenda.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Verª Celeste, eu
faço um apelo a V. Exa: antes de V. Exª colocar essa Emenda, quem
sabe vamos construir, de forma coletiva? A discussão pode passar ao final,
porque eu acho que a Emenda pode ser uma Emenda coletiva, fazendo essas
correções, se os Vereadores entenderem que elas são necessárias.
O SR. TONI PROENÇA: Eu proponho, por
sugestão do Presidente e do próprio Líder do Governo, que a gente avance sobre
outro Projeto e deixemos este Projeto para mais adiante, para a gente poder
compor essa situação.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Para o primeiro
Projeto, Ver. Adeli, que hoje nós enfrentamos de manhã e transferimos para a
tarde, que é o Projeto do ITB, do ISSQN, do IPTU, enfim, todas aquelas
questões, as Emendas já foram produzidas? Já foram apregoadas?
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Eu quero tomar
a liberdade de dizer que acaba de chegar uma Emenda longa - vou lê-la - a esse
Projeto. Então, proponho ler essa Emenda e seguirmos a ordem normal,
postergando esse Projeto, para que se possa, pelo menos, apregoar essa Emenda e
verificar.
Esta Emenda será
distribuída aos Vereadores, por ser muito longa.
Passo a ler o conteúdo
da Emenda nº 08, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, subscrita também pelo
Ver. João Dib, ao PLCE nº 008/09. (Lê.): “Ficam alterados o inc. XX e o § 2º
do art. 21 da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, que passam a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 21
“XX - serviços de
educação de Ensino Superior tipificados no subitem 8.01 da lista de serviços
anexa, prestados por entidades autorizadas, reconhecidas ou credenciadas pelo
Ministério da Educação, que ofereçam curso na área de tecnologia, quando
disponibilizarem ao Município de Porto Alegre bolsas de estudo equivalentes a
4% (quatro por cento) do número total de suas matrículas, mediante convênio
celebrado nos termos do Decreto Municipal que regulamentar as condições para a
concessão das referidas Bolsas para estudantes carentes: 2%.
“§ 2º Na hipótese
estabelecida no Inciso XX:
“I - Serão fixados
anualmente, por meio de decreto específico do Poder Executivo, os limites
máximos da renúncia fiscal relacionada com a celebração do Convênio entre o
Município de Porto Alegre e as entidades de ensino referidas;
“II - A entidade de
ensino para fazer jus à redução de alíquota deverá distribuir as bolsas de
estudo entre estudantes carentes de cursos relacionados com a área de
tecnologia e estudantes carentes dos demais cursos, observando os seguintes
percentuais para estudantes carentes de cursos relacionados com a área de
tecnologia, sobre o total das bolsas disponíveis:
a) pelo menos 20% (vinte por cento) para o exercício de 2010;
b) pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) para o exercício de 2011;
c) pelo menos 35% (trinta e cinco por cento) para o exercício de 2012;
d) pelo menos 50% (cinqüenta por cento) para o exercício de 2013.”
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 08 ao PLCE nº 008/09 à apreciação das Comissões. (Pausa.)
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, V.
Exª leu o teor da Emenda nº 08 e nos consulta se nós concordamos com a Emenda.
Eu apenas estou sendo informado dessa Emenda; então, não posso, de imediato,
decidir se eu concordo ou não.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Não. V. Exª
não pegou exatamente o que eu disse.
O SR. REGINALDO PUJOL: Peguei. É que V. Exª
deixou para o final a dispensa do envio - não dá para decidir “em cima da
perna”! Eu estou até surpreso; o Ver. Nedel, que é o Relator da matéria,
apresenta uma Emenda desta extensão, nesta hora, que é um Projeto igual; é um
processo semelhante. Eu acho que o Ver. Nedel não quer votar hoje a matéria!
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Vereador
Pujol, Vereadores e Vereadoras, a Presidência da Casa é serviçal da Lei do
Regimento. O trâmite legal é o seguinte: quando um Vereador pede a dispensa do
envio da Emenda à apreciação das Comissões, o Presidente é obrigado a votar. Eu
havia alertado que estavam surgindo várias emendas. Aqui mesmo, eu li as
Emendas de nºs 5, 6, 7 e 8, vagarosamente, insistindo que eram
Emendas complexas e que necessitariam de tempo para sua avaliação e que todas
as Emendas seriam distribuídas às Srªs e aos Srs. Vereadores antes
da votação. Portanto, eu estou aqui cumprindo, rigorosamente, o Regimento.
O SR. REGINALDO PUJOL: Excelência, diante
da circunstância que é colocada, eu vou votar contrariamente ao Requerimento,
porque eu acho que, em cinco minutos - que foi o tempo entre a sua leitura e a
decisão -, eu não posso acreditar da conveniência de ser dispensada do exame
das Comissões Especiais uma Emenda com essa complexidade e com essa
profundidade. De repente, eu posso estar cometendo um exagero, mas vou cometer
o risco do exagero para não cometer a omissão de calar diante dessa situação,
porque, no caminho que se vai, Sr. Presidente, numa matéria séria como essa,
não precisa mais que as Comissões examinem! Se o Relator, depois de tudo
terminado, faz uma Emenda com essa complexidade, para que o exame das
Comissões? Não tem sentido!
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Está feita a
sua ponderação; o resultado será anotado com o voto contrário do Ver. Reginaldo
Pujol.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. João Carlos Nedel, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 08 ao PLL nº 008/09 às Comissões da Casa. Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com o voto contrário do Ver. Reginaldo Pujol.
Eu apenas vou
aceitar, agora, Questões de Ordem e Requerimentos.
O SR. VALTER NAGELSTEIN (Questão de Ordem): Eu queria fazer um apelo ao Ver. Reginaldo Pujol. Ainda ontem, eu me
referi a ele - e, tenho certeza, com absoluta justiça - como vigilante, porque
ele atentou para aquelas questões do Regimento e do acordo, do art. 50, porque,
hoje, pela manhã, ele me dirigiu, da mesma forma, um apelo para que eu desse
acordo no Requerimento do Ver. Bernardino, e eu assim procedi. Então, eu quero
retribuir ao Ver. Reginaldo Pujol, dizendo que nós fizemos um esforço, que nós
compreendemos - Sr. Presidente, com a sua tolerância - que esta Emenda é um
avanço, ela constitui uma política positiva importante, da concessão de bolsas;
ela é uma política progressiva, e nós estamos fazendo
um apelo, inclusive, para que não se façam encaminhamento e discussões,
porque há concordância do Governo na inclusão dessa Emenda, inobstante ela seja
extensa.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Vossa
Excelência pode fazer isso no momento em que nós formos fazer a discussão.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Questão de Ordem): Eu lhe pergunto, Presidente: não está mais para um Substitutivo do que
para uma Emenda?
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Não, está
perfeitamente dentro do Regimento.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Assume os
trabalhos, neste momento, o Ver. Sebastião Melo, Presidente desta Casa.
(O Ver. Sebastião
Melo assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu
ouvi a Liderança do Governo, e não creio que, nessa matéria, se precise de
unanimidade, mas, se necessária a unanimidade, eu não vou obstar. Fiz o meu
protesto; não vou obstar, porque não quero prejudicar a votação do Projeto.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Eu agradeço,
Sr. Presidente, mais uma vez, ao Ver. Reginaldo Pujol.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço os
Srs. Vereadores, o Ver. Adeli Sell, pela extraordinária condução dos trabalhos.
Solicito auxílio ao
Diretor Legislativo, porque assumo os trabalhos neste momento.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr.
Presidente, nós recebemos um livro organizado pelo Tonico Alvarez, o qual quero
parabenizar pela beleza, mas recebi a informação - e também verifiquei, aqui, a
foto - de que o Castelo de Pedras Altas não está com o cuidado que esse
patrimônio histórico deveria ter. As últimas fotos do livro mostram a atual
situação do Castelo com as paredes esfareladas. Portanto, esta Casa poderia se
manifestar à Governadora do Estado enviando-lhe um livro destes e solicitando
providências em relação à preservação e restauro desse patrimônio do Rio Grande
do Sul. Esta é a sugestão que faço, e parabenizo o brilhante artista da
fotografia, o Tonico.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Obrigado, Verª
Sofia. Na verdade, o Tonico merece o nosso aplauso. Foi feita uma parceria da
Câmara de Vereadores com o Memorial do Rio Grande do Sul, da qual nasceu essa
bela obra. Acho a sua sugestão meritória; vamos fazer de forma coletiva esse
procedimento.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3396/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 020/09, de autoria do
Ver. Nelcir Tessaro, que altera e inclui incs, XII e XIII, ambos no art. 2º da
Lei Complementar nº 612, de 19 de fevereiro de 2009 – que cria o Fundo
Municipal de Habitação de Interesse Social (FMHIS), institui seu Conselho
Gestor, na forma da Lei Federal nº 11.124, de 16 de junho de 2005, revoga a Lei
nº 7.592, de 10 de janeiro de 1995, e dá outras providências –, ampliando o rol
de recursos do FMHIS.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela rejeição do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA
– art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PLCL nº 020/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLCL nº
020/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com ABSTENÇÃO dos Vereadores Pedro Ruas e João Antonio Dib.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 5857/09 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 048/09, que autoriza
o Poder Executivo a proceder o
adiantamento de recursos financeiros, para fins de doação, pelos servidores
municipais ativos e inativos, ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Funcriança).
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CECE e CEDECONDH. Relatora-Geral Verª Maria Celeste: pela aprovação
do Projeto.
Observação:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, VIII, da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PLE nº 048/09. (Pausa.) Esta matéria é de extrema importância para a cidadania.
Ontem nós realizamos uma reunião, da qual muitos Vereadores não puderam
participar por estarem em outros compromissos, e produzimos uma Emenda, que
está à disposição dos Vereadores para as assinaturas, para incluir também os
funcionários da Câmara de Vereadores.
Vou explicar aos Srs.
Vereadores. O Governo manda um Projeto que, se
aprovado, faculta ao funcionário público municipal a doação de até 6% ao
Funcriança, valor que o Governo antecipa e desconta, lá no final do ano, do
funcionário, em três parcelas. Com esta Emenda, estamos incluindo os funcionários
da Câmara Municipal. Quero cumprimentar o Sindicato e todos que deram acordo
para isso; assim os funcionários da Câmara também vão poder participar deste
belo Projeto. Quero solicitar que todos os Vereadores, se concordarem, assinem
a Emenda, que não é dos Vereadores que participaram da reunião, mas de todos os
Vereadores desta Casa.
Por favor, podem se
manifestar no microfone de apartes.
A Verª Maria Celeste
está com a palavra.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, como
Relatora do Projeto de Lei do Executivo, representando a Bancada do PT na
reunião, ontem, tivemos a grata satisfação de receber o Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente; o Fórum de Entidades; demais membros do
Governo, tanto da FASC quanto da Secretaria de Governança e da Secretaria da
Fazenda, em que, coletivamente, acordamos em fazer esta Emenda, com a anuência
do Sindicato dos Funcionários da Câmara Municipal, propondo que este Projeto
seja extensivo à Câmara Municipal, possibilitando aos funcionários, se assim
desejarem, também participar recolhendo 6% do imposto devido, para que seja
encaminhado ao Funcriança no devido tempo. Também quero esclarecer que a
Fazenda vai adiantar àqueles que desejarem fazer a contribuição, para,
imediatamente, comporem o Fundo, que depois será descontado dos funcionários
nos meses de setembro, outubro e novembro. Essa é uma bela iniciativa do
Governo no sentido de estimular e fomentar o Fundo Municipal da Criança e do
Adolescente. Portanto, queremos saudar a iniciativa e dizer que vamos
aprová-la.
Também quero fazer um
requerimento para que a gente vote junto a Moção de Solidariedade ao PL que
está no Congresso Nacional desde 1999 e que foi uma das reivindicações das
entidades que participaram da reunião de ontem, pela manhã, com V. Exª, no
sentido de que esta Câmara se posicione com o Congresso Nacional para que seja
agilizada lá a votação desse PL que estará fomentando o Funcriança, em nível
nacional, possibilitando um maior recurso para as entidades não governamentais
de todo o País. Obrigada, Sr. Presidente.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu
deleguei para V. Exª a competência para tratar deste assunto e conhecia da sua
posição. Eu estava envolvido em outras situações e não pude comparecer. Então
eu faço, não um questionamento, mas uma solicitação à Mesa. É o seguinte: pelo
que eu li no Governo do Município, os detentores de cargos comissionados também
poderão fazer as suas contribuições e adiantar em nome deles.
Aqui na Casa, vários
Vereadores, entre os quais me incluo, querem participar, também, contribuindo
para o Fundo da Criança e do Adolescente.
A redação dada acolhe
também os Vereadores entre aqueles que poderão ser contribuintes e terem esse
adiantamento feito, para posterior desconto?
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Pujol,
eu tento responder pelo caput do
artigo 1º; no meu entendimento, sim. (Lê.): “A Administração Direta e Indireta,
as Autarquias e os departamentos poderão antecipar, através de crédito em folha
de pagamento do ano em curso, em dezembro, os valores a serem doados por
servidores municipais [dentre os servidores municipais, também se incluem os
cargos de confiança] ativos e inativos ao Fundo Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente (Funcriança), criado pela Lei Complementar nº 628, de
17 de agosto de 2009.”
Então, tenho o
entendimento que sim, quando inclui dizendo que são servidores municipais;
aqueles que detêm cargos de confiança também são servidores municipais.
Agora, como
regulamentar isso? Bom, o Governo, através da Prefeitura e da Câmara, vai ter
de regulamentar, porque o servidor de cargo de confiança pode ser hoje e não
ser amanhã; portanto, tem de resolver isso na forma da regulamentação, mas aqui
entendo que também está incluído.
O Ver. Haroldo de
Souza está com a palavra.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: O temor é o seguinte,
Presidente: no caso de o cargo em confiança não estar mais a serviço no fim do
ano, e oi dinheiro já ter sido antecipado, isso será descontado do Vereador?
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Não. Nós vamos
regulamentar no âmbito da Câmara de Vereadores; compete a nós regulamentarmos.
V. Exª fique tranquilo, pois essas amarras serão feitas, não haverá nenhuma
dificuldade em resolver isso na sua regulamentação. Está esclarecido, Ver.
Pujol?
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Eu não
pretendo discutir, obviamente, pois quero que avancemos de forma rápida, mas
não posso deixar, como Líder do Governo, de fazer o devido registro,
cumprimentando todos os Vereadores, a oposição, pela grandeza que nós todos
tivemos nesse processo. Quero dizer que tenho participado muito ativamente
desse assunto. Há poucos dias, Ver. Haroldo, meu Líder do PMDB, nós tivemos uma
reunião no Hotel Everest, e estava lá o Ministério Público - que já faz isso -;
estavam lá várias empresas como a Fundação Gerdau, que tem espalhado essa
tecnologia por todo o País, e eu quero só dar um dado que eu acho
importantíssimo, para que as pessoas que estão nos acompanhando saibam. Em
Porto Alegre, hoje, se todos exercitassem, se todos exercessem, Ver. Haroldo,
essa faculdade de destinar o que for possível, no seu Imposto de Renda, tanto
pessoa física quanto jurídica, nós teríamos 114 milhões de reais que poderiam
ser destinados a creches, a escolas que cuidam dessa questão. Portanto, é uma
soma bastante significativa, que resolve esse problema, não tenho dúvida. E no
Rio Grande do Sul, isso em torno de 200
milhões de reais, se todos os gaúchos
optassem por essa condição.
Portanto, quero
deixar aqui o meu júbilo, a minha alegria e o meu congraçamento com todos os
Vereadores e com o Executivo Municipal por essa importantíssima iniciativa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Verª Maria
Celeste.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, só
para um esclarecimento ao Ver. Haroldo de Souza. Os funcionários terão que
aderir, por livre e espontânea vontade, ao ato de participar ou não desse
Projeto; significa que o Governo está disponibilizando, oportunizando aos
funcionários do Executivo, e agora aos da Câmara Municipal, a adesão a esta
proposta de trabalho.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação a
Emenda nº 01 ao PLE nº 048/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLE nº
048/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
Apregoo Moção de
Solidariedade coletiva, cujo teor tem tudo a ver com esta matéria, Srs.
Vereadores. A Verª Maria Celeste já colocou esse assunto, mas eu vou tentar
ajudar a esclarecer um pouco, Ver. Pujol, já que tramita no Congresso Nacional
um Projeto de Lei, há muito tempo, referente a essa questão de doação para o
Funcriança. Hoje o cidadão tem que antecipar a doação, e depois, na hora de
fazer o imposto de renda, ele poderá fazer a restituição; o Projeto de Lei que
tramita no Congresso Nacional facilitaria muito, porque isso seria feito
diretamente no Imposto de Renda, não seria adiantado. Portanto, se essa lei for
aprovada, vai trazer milhões em recursos, porque ela vai “desburrocratizar” o
processo. Então, estamos votando uma Moção para apoiar este Projeto, para que
ele saia das gavetas do Congresso Nacional, vá ao Plenário e se torne lei.
A Moção tem o
seguinte teor (Lê.): “Os Vereadores que subscrevem requerem a V. Exª que, após
os trâmites regimentais, com fundamento no art. 95 do Regimento deste
Legislativo e no parágrafo único do art. 55 da Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, seja encaminhada a seguinte Moção de Solidariedade à Câmara dos
Deputados Federais e ao Senado Federal pelos motivos que passo a expor: ‘os
Vereadores que subscrevem vêm demonstrar a sua solidariedade ao Projeto de Lei
nº 1.300/1999, de autoria da Deputada Ângela Guadagnin, que ‘altera a redação
do art. 260 e acrescenta artigos à Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 -
Estatuto da Criança e do Adolescente...’.”
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
REQ. Nº 158/09 – (Proc. nº 5991/09 – Verª
Maria Celeste e outros) – requer Moção
de Solidariedade ao Projeto de Lei nº 1300/1999 de autoria da Deputada Ângela
Guadagnin, que altera a redação do art. 260 e acrescenta artigos à Lei nº
8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação a
Moção de Solidariedade. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA.
Determino, de imediato, a remessa ao Congresso Nacional.
Apregoamos a Emenda
nº 01 ao PLCE nº 009/09, de autoria da Verª Maria Celeste e Ver. Valter
Nagelstein.
Em votação o
Requerimento, de autoria da Verª Maria Celeste e outros, solicitando dispensa
do envio da Emenda nº 01 ao PLCE nº 009/09 à apreciação das Comissões. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 5425/09 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 008/09, que altera as Leis Complementares nos 7,
de 7 de dezembro de 1973, que institui e disciplina os tributos de competência
do Município; 113, de 21 de dezembro de 1984, que institui a Taxa de Coleta de
Lixo; 197, de 21 de março de 1989, que institui e disciplina o ITBI; e 306, de
23 de dezembro de 1993, que institui hipótese de responsabilidade pelo
pagamento do ISSQN. Com Emendas nos 01 e 02.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e
CUTHAB. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto e
das Emendas nos 01 e 02.
Observação:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PLCE nº 008/09. (Pausa.) O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir o PLCE nº 008/09.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Vereadores, Vereadoras; contribuintes que nos
assistem e que vieram aqui acompanhar a votação deste importante Projeto,
fundamentalmente, este Projeto traz dois benefícios específicos à sociedade,
pois ele dirime, de uma vez por todas, as dúvidas entre tributação das
gráficas. Há dúvidas, Ver. Brasinha, se a gráfica paga ISSQN ou ICMS. Devido a
essa dúvida, tem havido muitas dificuldades empresariais.
Então, o que o
Município está fazendo? Está diminuindo a alíquota de 5% para 2,5%, porque, se
houver algum prejuízo, que seja minorado para a sociedade; também está
reduzindo a tributação de 5% para 2,5% para as empresas de beneficiamento.
Suponhamos, Ver. Brasinha, que V. Exª venda rodas na sua empresa - a roda paga
ICMS. No entanto, o senhor quis cromar aquela roda e mandou fazer a cromagem
fora. O que paga essa cromagem: ISSQN ou ICMS? Então, há essa questão com as
empresas prestadoras de serviços, de uma parte que beneficia um todo maior, que
é a roda, não é? Então esclarece que ela paga ISSQN, mas, como há um problema
anterior, antigo, e ela tem que pagar o ISSQN a 5%, a Prefeitura está reduzindo
para 2,5 para diminuir o prejuízo dessas empresas. Isso é benéfico à sociedade.
Afora isso, há
algumas Emendas. A primeira é a de Relator, que é de minha autoria, que foi
discutida com as entidades profissionais de advogados, de engenheiros, de
contadores, de economistas, de administradores, a respeito de que havia sérios
problemas de entendimento fiscal; e também o Decreto que regulamentava essa
parte de ISSQN extrapolava em alguns detalhes, inclusive ultrapassando a
própria Lei, o que gerava problemas de interpretações seriíssimos.
Então agora estou
colocando esta Emenda, dizendo assim (Lê.): “Para fins do parágrafo anterior,
considera-se sociedade de profissionais - engenharia, contadores, advogados -
aquelas que não explorem atividades estranhas à habilitação profissional de
seus sócios”. Se houver engenheiro agrônomo, contadores e advogados, e houver
caráter empresarial, essa vai pagar por tributação de 5%.
O Ver. Airto
Ferronato, V. Exª, que é meu colega contador, bem sabe que os profissionais da
Contabilidade pagam pelo exercício profissional, e não pelo faturamento bruto
mensal de 5%; então isso vem clarear esse detalhe. Afora isso, a Emenda nº 8,
que o Ver. Reginaldo Pujol diz que é uma Emenda muito grande, foi feita a
pedido da Secretaria da Fazenda para graduar esse benefício fiscal, para não
exagerar no benefício.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, esta Emenda é de
autoria de Vossa Excelência?
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: É de minha
autoria, negociada com o Secretário Adjunto da Fazenda e necessita de
regulamentação adequada.
O Sr. Alceu Brasinha: Ver. Nedel, para
concluir, eu gostaria de dar os meus parabéns, porque, realmente, eu sempre
critiquei V. Exª várias vezes, mas o senhor está olhando para os pequenos.
Parabéns, Vereador; pode contar com este voto.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Muito
obrigado, Ver. Brasinha.
O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, eu já tive oportunidade de dizer
a V. Exª que votarei favoravelmente à Emenda, mas não vou deixar de estranhar
essa prática que me parece, pelo menos, pouco convencional. O Governo manda um
Projeto para cá, deixa que ele seja discutido amplamente. Depois dos pareceres
emitidos, na hora da votação, o Governo pede para um dos seus mais ilustres
apoiadores aqui na Casa, que é V. Exª, que promova essas alterações no Projeto.
Ora, o Governo tem que ser mais cuidadoso ao mandar Projetos para cá, para não
precisar se utilizar dessas situações nos finais dos anos legislativos. É um
voto de confiança ao Governo o que eu estou dando e muito mais a Vossa
Excelência, sem deixar de colocar a minha estranheza.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Dib se
inscreve para discutir o PLCE nº 008/09 e concede a V. Exª, Ver. Nedel, o seu
tempo.
O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para discutir o PLCE 008/09, por mais cindo minutos,
por cedência de tempo do Ver. João Antonio Dib.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: V. Exª, Ver.
Reginaldo Pujol, tem toda a razão, e isso acontece em todos os finais de ano.
Por isso nós estamos trabalhando, Ver. Reginaldo Pujol, praticamente em tempo
integral, há um bom tempo, com Sessões Extraordinárias pela manhã, à tarde e,
muitas vezes, à noite. Nós tivemos aqui - e V. Exª estava presente - uma Sessão
Extraordinária que se estendeu até as 3 horas da madrugada. Talvez hoje também
possamos ir até mais tarde da noite.
Lamentavelmente, isso
tem acontecido seguidamente, o que acarreta, Ver. João Antonio Dib, esses
transtornos de última hora que nos faz, às vezes, examinar rapidamente alguns
projetos e algumas emendas. Esse Projeto, especificamente, chegou a esta Casa
em novembro, passou pela Pauta, foi à Comissão; depois, foi pedido para ser
votado de acordo com o art. 81 do Regimento, e eu fui o Relator desse Projeto.
Depois, ele foi levado à Reunião Conjunta das Comissões, e aí os Vereadores
realmente tomaram consciência da amplitude desse Processo e começaram a estudar
as emendas que vieram, que chegaram nessa ponta do funil na data de hoje.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite
um aparte?
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ver.
Bernardino, com muito prazer.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: Ver. João
Carlos Nedel, eu não posso perder a oportunidade de fazer uma “provocaçãozinha”
carinhosa. Pela manhã, quando eu pedi o adiamento da votação do Projeto, V. Exª
foi um dos que, num primeiro momento, não concordaram com o adiamento.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Não, senhor;
eu concordei imediatamente com Vossa Excelência para nós votarmos à tarde, e V.
Exª teve a gentileza de concordar. Quero lhe cumprimentar.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: Eu tive a
impressão de que, num primeiro momento, V. Exª ainda estava resistente. Mas
vejam só - V. Exª e os demais que estavam um pouquinho resistentes - como valeu
a pena nós aguardarmos um pouquinho até em razão da minha Emenda e da sua.
Obrigado.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu sei.
Inclusive, Ver. Bernardino, a sua Emenda já foi devidamente analisada pela
Secretaria da Fazenda, que está aqui com três representantes, e isso já foi
devidamente esclarecido.
(Aparte
antirregimental do Ver. Nilo Santos.)
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Muito
obrigado, Vereador; grato mesmo, e eu preciso muito, porque, às vezes, me
faltam, realmente, as palavras. Então, a emenda foi devidamente esclarecida, e
os Vereadores estão devidamente informados.
Acredito, Sr.
Presidente, Sebastião Melo, que estamos em condições de votar com clareza este
Projeto porque estamos aqui bem coordenados pelo Líder do Governo, Valter
Nagelstein, e pelo Secretário Adjunto da Fazenda, que não vai deixar passar
incoerências nesta Casa. Esta Casa é extremamente responsável porque vota
projetos de interesse da nossa Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoo o
destaque da Emenda nº 03 ao PLCE nº 008/09, solicitada pelo Ver. João Dib.
Apregoo o destaque da
Emenda nº 01 ao PLCE nº 008/09, solicitada pela Verª Maria Celeste.
Consulto se há mais
algum destaque a alguma emenda, Srs. Vereadores, Srªs Vereadoras.
(Pausa.) O Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PLCE nº 008/09.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Srªs
Vereadoras, Srs. Vereadores, este Projeto de Lei que está em Pauta e que
procura fazer adequações e aprimorar a legislação tributária em Porto Alegre
deve ter registro de alguns pontos, e por isso venho à tribuna.
Primeiro, a última
grande alteração que houve, Ver. Reginaldo Pujol, foi em 2002, quando nós
éramos aqui colegas e fizemos várias adequações, principalmente com relação ao
IPTU. E agora, Ver. João Antonio Dib, se procura fazer um ajuste numa dúvida,
numa interpretação dúbia que há com relação ao que diz respeito ao IPTU
ecológico, que vem a ser a isenção de imposto e de Taxa de Lixo apenas, Ver.
Bernardino Vendruscolo, para aquela área eminentemente preservada, ou seja, se
a tua propriedade for, por exemplo, de dez hectares, mas somente dois hectares
estão em condições de fazer com que se mantenham os recursos hídricos, a fauna,
o combate à erosão e assim por diante, esses dois hectares, e tão somente
esses, serão isentos do IPTU e da Taxa de Lixo. Esta proposta veio do Conselho
Municipal do Meio Ambiente, à época, e teve aprovação desta Casa por
unanimidade.
A outra alteração
feita diz respeito ao IPTU do patrimônio histórico e cultural, da qual sou
autor, e que também isenta de Taxa de Lixo e de IPTU todo prédio tombado em
Porto Alegre, seja tombamento federal, estadual ou municipal, porque há essa
correção expressa, Ver. João Antonio Dib, na proposta. Por isso chamo atenção
para a importância, pois, segundo os técnicos da Fazenda, com relação ao IPTU
ecológico, o texto dava a entender que poderia se dar isenção para toda a
propriedade, e não apenas àquela parcela devidamente auferida pelos técnicos da
Prefeitura. Essa é uma correção feita no Projeto de Lei e que nós precisamos,
Ver. Toni Proença, obviamente, aprovar, pelos vários benefícios. E isso vem a
ser, Ver. Reginaldo Pujol, serviço ambiental, que foi um debate do Plano
Diretor. Serviço ambiental é isto: a sociedade isenta aquele que preserva ou
que usa meios de proteção ao meio ambiente.
A outra alteração que
eu gostaria de registrar aqui é com relação à indústria gráfica. Vejam:
enquanto em Porto Alegre nós cobramos 5% do ISSQN, Ver. Mario Manfro e Ver.
Tarciso, Alvorada, Esteio e São Leopoldo cobram 3%; Butiá, Novo Hamburgo e Nova
Santa Rita cobram 2%. Não vou ficar citando cidades, mas a maior parte das cidades
do Rio Grande do Sul cobra entre 2% e 3% do ISS para a indústria gráfica, Ver.
Mário Manfro e Ver. DJ Cassiá. Nós cobramos 5%.
E a indústria
gráfica, Ver. Sebastião Melo - e V. Exª presidiu aquela Sessão Solene proposta
por nós -, de Porto Alegre é uma indústria exemplar do ponto de vista
socioambiental, faz um trabalho não só no sentido de se adequar à legislação
existente, mas vai além, na parceria, fazendo educação ambiental para os
fornecedores e consumidores e fazendo todo o trabalho para seus associados no
que diz respeito à boa prática ambiental e social.
Por isso nós não
podemos perder esse tipo de atividade em Porto Alegre em virtude da tributação
e em virtude de ser uma atividade limpa, responsável e justa. Vejam a
comparação que nós fazemos aqui a respeito tributação. É importante que este
Projeto de Lei tenha vindo do Poder Executivo, pois mostra que ele também está
sensível a isso que nós abordamos, para, então, fazermos as correções
necessárias a este Projeto de Lei. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE n° 008/09.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, primeiro eu tenho que concordar com as manifestações do Ver. Pujol
- o Vereador não está aqui - sobre como é difícil para esta Casa avaliar as
consequências de emendas feitas de um dia para o outro, ou mesmo no dia da
votação. Nós estávamos tentando entender uma Emenda do Ver. Nedel, que vai
reduzir receita, e nós não temos o cálculo. A Lei de Responsabilidade Fiscal
determina, Presidente, que o cálculo da repercussão nas mudanças tributárias
seja apresentado para o Legislativo para votarmos. Eu não falo do corpo do
Projeto; nós temos acordo com o espírito do Projeto, queremos votar. O que
queremos lamentar são as emendas de última hora, que nos deixam sem noção do
impacto financeiro delas sobre os recursos orçamentários, porque não há estudo
encaminhado pela Prefeitura. Então são vários os ajustes a fazer. O argumento é
que profissionais liberais, por exemplo, não estão recolhendo, estão discutindo
na Justiça, Ver. Nedel. Eu acho que esse é um argumento importante, só que nós
não temos noção do volume disso, da repercussão que significa mudar a regra, e,
no caso dos profissionais consorciados, a cobrança não ser mais feita pelo
rendimento bruto do escritório, e sim individualmente. Quem pode afirmar qual é
a repercussão para as contas da Prefeitura? Eu chamo a atenção para isso,
porque nós queremos destacar a Emenda n° 01, porque achamos que, ou bem a
Prefeitura traz os números, diz qual é a repercussão, se é possível absorver,
se não está prejudicando o Município, ou nós não podemos, como Vereadores, nos
aventurar, Ver. Bernardino. A sua Emenda, nós estamos tentando entender também;
é uma Emenda que, em princípio - eu gostaria que V. Exª fizesse um aparte para
explicar -, eu entendi que, quando a compra ainda não está realizada, o
comprador já passa a fazer parte dos benefícios. Acho que o senhor poderia
aproveitar e esclarecer a sua Emenda. Eu quero dizer que nós fazemos um esforço
sincero para avaliá-las, mas é difícil votar, na última hora, emendas de
caráter tributário, Ver. Alceu Brasinha, que dizem respeito a recursos da
Prefeitura, sem que nos seja apresentado o cálculo respectivo, a não ser que V.
Exa queira me explicar o quanto a Emenda nº 01 retira de recursos da
Prefeitura. É difícil concordamos com emendas desse caráter.
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exa
permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia Cavedon, a Emenda nº
01 não vai retirar recursos da Prefeitura; pelo contrário, ela vai fazer
retornar os escritórios de Engenharia, de Advocacia, de Contabilidade, de
Economia, a Porto Alegre, que estão fugindo em função da fúria fiscal. Os
fiscais estão pondo em dúvida a Lei, porque o Decreto, hoje, deixa dúvidas.
O que eu fiz? Reduzi
as implicações para que o Decreto seja, efetivamente, regularizado. Isso vai
trazer recursos para a Prefeitura e vai evitar demandas judiciais, que é o que
está acontecendo hoje, que estão afastando as empresas de profissionais de
Porto Alegre.
A SRA. SOFIA CAVEDON: O Ver. Nedel argumenta duas questões que eu quero fazer um
contrapondo; uma, que há um Decreto Municipal que está, como o Ver. João Carlos
Nedel disse, indo além da Lei. Ora, nesse caso, é o Decreto que tem que se
organizar, e não a mudança da Lei, na minha opinião. A segunda questão é que a
fúria fiscal - veja só, Ver. Ver. Alceu Brasinha - é resultado da Gratificação
por Produtividade que esta Casa aprovou para os Fiscais, a qual eles estão
abusando, segundo o argumento do Ver. João Carlos Nedel. Parece-me que não é a
Lei que deve mudar isso, mas, sim, gestão.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exa
permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia Cavedon, eu vejo que
V. Exa está meio preocupada com as emendas de última hora, mas V. Exa
também faz várias emendas e gosta de fazer de última hora. Vereadora, nós
devemos aplaudir quando o Governo toma a atitude de mandar um Projeto para esta
Casa que diminui imposto.
A SRA. SOFIA CAVEDON: O Ver. Alceu Brasinha
aponta contradições, porque, às vezes, também construímos emendas de última
hora, mas não emendas de caráter tributário.
Encerro dizendo que a
Unimed vem trazendo para esta Casa o fato de que ela tem pago duplamente os
tributos e tem pedido para que a legislação resolva esse tema. Nós estamos com
um Projeto de Lei em andamento, o Governo não deu acordo, e espero que não
tenhamos dois pesos e duas medidas no tratamento dos empreendedores nesta
Cidade.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero
registrar a presença do Sr. Paulo Roberto Borgatti Coutinho, Presidente do
Sindigraf/RS - Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Rio Grande do Sul
-, juntamente com o Sr. Carlos Evandro, ex-Presidente. Sejam muito bem-vindos à
nossa Casa.
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que solicita a retirada de
tramitação da Emenda nº 07 ao PLCE
nº 008/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que solicita a retirada de
tramitação da Emenda nº 04 ao PLCE nº 008/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCE nº 008/09.
(O Ver. Adeli Sell
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Srªs Vereadoras, senhoras e senhores, estava
absolutamente correto o Ver. Bernardino Vendruscolo quando, às 11h de hoje,
acabou solicitando que o PLCE nº 008/09 fosse votado à tarde, e não pela manhã,
porque vários Vereadores não conheciam o teor do Projeto, Ver. João Dib. E a
prova de que os Vereadores - e não apenas os Vereadores, mas acredito que até
mesmo os membros da Fazenda - não estavam ainda de posse de todo o Projeto é
que várias emendas foram formuladas e foram aceitas, foram negociadas, e foi
dito, Ver. Bernardino, que elas vão melhorar o Projeto. Que bom! Se as emendas
vieram para melhorar o Projeto, eu acho que elas devem ser muito bem-vindas.
Agora, Verª Sofia
Cavedon, quando V. Exª fala, aqui na tribuna, em fúria fiscal referindo-se ao
ISSQN, com toda a certeza ninguém do Partido de V. Exª poderia falar em fúria
fiscal, porque, em 1989, naquela Reforma Tributária, se mudou todo o ISSQN e
colocou-se, praticamente, tudo em 5%.
Ver. João Dib, eu me
lembro que produzi a primeira emenda, fugindo daqueles 5%, para os
representantes comerciais; nós colocávamos a possibilidade de os representantes
comerciais pagarem 2%. E ainda, Ver. Bernardino, o argumento que se utilizava,
lá naquela época, em 1989, era exatamente este: se não fosse dada a redução de
alíquota, o que iria acontecer é que os representantes comerciais, Vereadores,
sairiam daqui de Porto Alegre e teriam base nas cidades da Grande Porto Alegre,
onde eles iriam pagar alíquotas menores.
Ora, eu estava
conversando com o pessoal da Fazenda Pública, e eles me diziam, Verª Sofia,
imaginem os senhores, Ver. Ferronato - e eu estou falando de 1989 -, que, até
hoje, em 2009, o Judiciário, nos seus tribunais superiores, como é o caso do
STJ, ainda não resolveu o problema da cobrança do ISSQN, o problema de onde
realmente é a base para a cobrança, se é na cidade-sede da empresa ou se é na
cidade onde se presta o serviço. Pelo amor de Deus, nota zero para o
Judiciário, porque, afinal de contas, essa questão era para estar resolvida, e
problemas que estamos enfrentando hoje, aqui, Verª Sofia, não estaríamos
enfrentando, ou estaríamos enfrentando com outro enfoque, e não com este: ou
baixa para 2,5%, ou então eles saem daqui, porque há cidades onde eles, na
verdade, vão pagar alíquotas menores.
A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Braz, o Ver. Nedel é que argumentou com
a “fúria fiscal”, e do seu Governo, portanto, de cinco anos.
O SR. LUIZ BRAZ: Apenas em citação.
A Srª Sofia Cavedon: Agora, eu quero dizer
que o tema é bastante controverso. A minha opinião é que precisamos, no País,
terminar com essa guerra fiscal. Não é possível que continuemos tendo que abrir
mão de impostos, porque os Municípios, os Estados, entre si, disputam as
empresas. Nós queremos favorecer o desenvolvimento, mas nós não conseguimos -
isso não tem fim, é circuito sem fim -, porque nós podemos baixar aqui para
2,5%, e, amanhã, Canoas baixa para 1%. Então é uma mobilização que nós temos
que ter em âmbito nacional, na verdade.
Agora quero registrar
que o caso Unimed é um caso que, neste Governo, está sobretaxado, e V. Exª está
trabalhando nesse tema, não foi no nosso.
O SR. LUIZ BRAZ: Verª Sofia, eles só
não poderiam baixar para 1%, porque existe uma legislação nacional hoje que
coloca um mínimo de 2%, mas nós precisávamos que houvesse a possibilidade de a
União especificar esse ISSQN, as taxas que deveriam ser cobradas, porque, se
isso for deixado para os Municípios, nós não vamos parar mais com essa guerra,
que é ruim para todo mundo, ela não é boa para ninguém! Hoje - e nós vamos
todos votar favoravelmente - vêm os gráficos, mas amanhã vêm outros; já vieram
os representantes comerciais, já vieram tantos outros. Então nunca se sabe qual
é a base real para se estabelecer a alíquota a ser cobrada.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Sr. Presidente, como é importante para o
setor das gráficas baixar esse imposto, porque isso vai beneficiar até os
empregos, tenho certeza absoluta, porque deve haver a competição; eu acho que
deve haver, porque os outros Municípios implantam isso. Por que nós não podemos
implantar? Eu, principalmente, gostaria de votar em um projeto que aumentasse o
ISSQN dos bancos. Isso é muito importante, porque eles ganham muito dinheiro.
O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Brasinha, é por
isso que, quando estabeleceram as alíquotas do ISSQN, estabeleceram-se
alíquotas diferenciadas para as capitais e para outros Municípios. As alíquotas
são diferenciadas, porque as necessidades de uma capital e as necessidades de
uma outra cidade, ao redor, são diferentes. Por isso, muitas vezes, aqui se
estabelece um tipo de alíquota e, ali ao lado, se estabelece outro. Agora, a
União deveria resolver esse problema para que nós não ficássemos aqui...
Porque, é claro, se alguém vem e quer reduzir a alíquota dizendo que, se ela
não for reduzida, vai passar aqui ao lado, a gente tem que fazer, mas eu acho
que os Municípios não podem continuar vivendo esse drama constantemente. Era
isso.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLCE nº 008/09.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente dos
trabalhos, Ver. Adeli Sell, eu inicio a minha fala também fazendo um apelo ao
nosso Secretário Zulmir Breda, que assessora o nosso Ver. João Carlos Nedel,
que observasse o que nós achamos necessário dizer aqui. Em primeiro lugar,
temos que parar com esse procedimento de envio de projetos complexos,
principalmente estes da área tributária, nos finais de ano; é muita coisa para
analisarmos, são projetos complexos, e não adianta, temos que trabalhar de
forma diferente.
Vereador Valter, eu
gostaria de insistir ainda com relação à Secretaria da Fazenda, porque, quando
se fala em tributo, eu também, Ver. Luiz Braz, espero um dia ver as alíquotas
do ISS padronizadas em todo o País, porque, assim, não vamos ter essas
concorrências entre Municípios e, com todo o respeito, comportamentos, que a
gente sabe que existem, de empresas que mantêm sedes em um local, para efeito
de tributo, mas fazendo o seu trabalho num outro endereço. E, nesta linha, eu
peço ao Secretário Breda que observe que nós, há dois ou três anos, fizemos,
aqui, um trabalho com as empresas que fazem projetos, empresas de engenharia
que fazem projetos. Essas empresas, muitas delas, estavam fazendo trabalho aqui
em Porto Alegre e mantendo sede na Grande Porto Alegre. E nós reduzimos o ISS,
para que essas empresas viessem com a sede aqui para Porto Alegre. E houve
compromisso dessas empresas de atenderem a esse apelo. Então, esta Casa precisa
receber aqui uma posição que comprove, efetivamente, o aumento dessa receita. E
essas empresas passaram a adotar essa prática, porque, há alguns anos, certo
governo passou, realmente, a trabalhar com índices elevados na área do ISS, com
essa rubrica ISS.
Mas eu quero
responder à Verª Sofia Cavedon, de forma gentil - ela disse que não entendeu a
nossa Emenda. A Emenda é simples. Vou fazer uma leitura, nas justificativas; é
fácil de compreender (Lê.): “A presente Emenda tem o objetivo de restabelecer a
inclusão dos promitentes compradores para fins de reconhecimento da imunidade
ou isenção...” “...O Projeto ora em votação exclui a figura do promitente
comprador e equipara ao proprietário o detentor da posse ou do domínio útil
sobre o imóvel.”
“É necessária a
manutenção da figura do promitente comprador uma vez que nem sempre este, ao
assinar o contrato de promessa de compra e venda, toma posse direta do imóvel.”
Isso é para
reconhecer futuros compradores que poderiam estar fora desta contemplação.
Então, é somente neste sentido, não tem nada mais, é uma Emenda simples, mas
uma Emenda que merece uma atenção especial dos Vereadores, para nós não
cometermos injustiças. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Mauro
Zacher está com a palavra para discutir o PLCE nº 008/09.
O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente; Srs.
Vereadores, Srªs Vereadoras; público que nos acompanha pelas
galerias aguardando a votação deste Projeto, eu fiz questão, embora nem use os
meus cinco minutos, de vir a esta tribuna para dizer que - embora haja o
atropelo do Governo com a necessidade de aprovar um Projeto que inclui aqui
várias questões como ITBI, Taxa de Lixo, ISSQN -, dentro do Projeto, há uma
questão fundamental, que é esse incentivo às empresas gráficas da nossa Cidade.
Então, nós, aqui,
reconhecemos a importância, o mérito do Projeto. Esta Casa teve uma postura
propositiva nesse sentido. Eu poderia relembrar, Ver. Valter, que nós
aprovamos, em Regime de Urgência, a redução do ISSQN para as empresas de call center, que hoje estão gerando mais
de dez mil empregos na Cidade justamente para aqueles que mais precisam.
Parece-me que, num passado recente, talvez nós tenhamos sido pouco objetivos e
audaciosos a respeito de incentivos na garantia das empresas e na garantia dos
empregos da nossa Cidade.
Então, a gente tem
que reconhecer este mérito do Projeto, embora eu queira aqui fazer algumas
considerações. Primeiro, estávamos sendo acompanhados pelo setor e tivemos que
adiar, não por culpa, aqui, dos Vereadores, porque não gostaríamos de votar com
pressa este Projeto, mas adiamos, porque o Projeto chegou há poucos dias aqui
na Casa e tem muita relevância. Eu mesmo apresentei uma Emenda aqui, mas acabei
retirando, porque não houve, por parte do Executivo, a compreensão de que era
necessária. Mas, enfim, avançamos, construímos, e a gente espera, sempre, que o
processo da Casa possa sempre construir consensos construtivos, porque nós
queremos o melhor para a Cidade. O que nós queremos, sempre, é que os nossos
vários segmentos, sejam eles empresariais, sejam acolhidos aqui pela Câmara e
que a gente possa avançar sempre, garantindo uma Cidade melhor, garantindo os
empregos e, acima de tudo, o desenvolvimento da Cidade.
Embora eu ressalte a
importância de nós termos tido melhor condição de debate, nós vamos ressaltar
que vamos votar a favor, porque queremos ver aprovado este Projeto. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Por gentileza,
solicito que o processo desta matéria, que está em poder de algum Vereador,
seja encaminhado à Mesa.
Apregoamos a Emenda
nº 09 ao PLCE nº 008/09, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, Líder do
Governo.
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, que solicita a dispensa do
envio Emenda nº 09 ao PLCE nº 008/09 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Já se
encontrava conosco o Secretário Zulmir Breda, e agora registro a presença do
Sr. Secretário Cristiano Tatsch no plenário da Casa. Bem-vindo, Secretário.
O Ver. Mauro Pinheiro
está com a palavra para discutir o PLCE nº 008/09.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Srªs
Vereadoras e Srs. Vereadores; Secretários; público do Canal 16; público que nos
assiste, principalmente o pessoal do Sindicato das Gráficas, que está presente,
este é um Projeto do Executivo - e pode até parecer estranho, Ver. Adeli Sell,
este Vereador é de oposição, mas um pequeno empreendedor, comerciante, e
concordo plenamente com o Projeto do Executivo, até porque, Ver. João Carlos
Nedel, estivemos juntos visitando a FIERGS e lá vimos a preocupação do
Presidente daquela entidade a respeito desta matéria. A partir dali, fizemos
uma solicitação à Comissão de Economia, Finanças e Orçamento - CEFOR -, para o Ver.
Airto Ferronato, para tratar exatamente deste assunto. Tivemos a presença dos
técnicos da FIERGS e também da Secretaria da Fazenda.
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, eu quero cumprimentá-lo,
porque, efetivamente, fizemos essa audiência lá na Federação das Indústrias do
Rio Grande do Sul através da nossa Comissão Especial de Soluções para Porto
Alegre Enfrentar a Crise Global, e lá nos foi colocado este problema da
terceirização de serviços. V. Exª solicitou uma audiência na CEFOR com os
técnicos das FIERGS, com os técnicos da Secretaria da Fazenda. E lá, a
Secretaria da Fazenda concordou com V. Exª para que se reduzisse a alíquota do
ISSQN para 2,5. Então, quero cumprimentá-lo pela sua iniciativa de fazer essa
audiência lá na CEFOR, que tão bons resultados vai trazer para a nossa Cidade.
Meus parabéns!
O SR. MAURO PINHEIRO: Obrigado, Ver. João
Carlos Nedel.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, só quero lhe dar os
parabéns, porque sabemos o quanto custa para manter uma empresa, e esse setor
proporciona vários empregos. Imaginem, agora, podem vir até mais gráficas para
cá, para proporcionar à Cidade mais empregos. Obrigado.
O SR. MAURO PINHEIRO: Obrigado, Ver. Alceu
Brasinha. Realmente é uma matéria complexa, Ver. João Antonio Dib. A parte de
tributação no nosso País, no nosso Estado, no nosso Município, é bastante
complexa, mas, neste caso, nós temos que aprovar este Projeto porque temos que
buscar a competitividade do setor, por dois motivos. Primeiro, porque essas
empresas que prestam serviços, como as gráficas e outras indústrias que
realizam alguns serviços - alguns são terceirizados - anteriormente pagavam
ICMS. E, quando se paga ICMS, todos os senhores sabem, nós temos direito a
crédito. E, quando chegava a hora do produto final, as empresas poderiam
utilizar esse crédito do ICMS; então esse imposto não incidia no preço final do
produto. O ISSQN é um imposto que não tem como se creditar. Então, quando é
realizado um serviço para o produto final, é pago o ISSQN, e, com a alíquota de
5%, vai aumentar o preço final do produto. Com isso, o produto vai perder
competitividade aqui em Porto Alegre, afastando as empresas daqui, porque vai
facilitar a vida de empresas de outros Estados e de outros Municípios.
Portanto, nós temos
que aprovar essa diferença de 5 para 2,5%, para que essas empresas tenham
competitividade com empresas de fora do Município de Porto Alegre. Esta é uma
das questões, Ver. João Antonio Dib.
A outra questão é
que, com a alíquota maior, nós estamos perdendo empresas de Porto Alegre, que
estão indo para outros Municípios. Com isso, fica difícil a competitividade.
Outra coisa é que
existia uma questão judicial quanto ao ISSQN - se era pago ou não por algumas
das pequenas indústrias de Porto Alegre. Foi decidido que essas empresas
deveriam recolher esse imposto. A própria Prefeitura tinha dúvidas - isto foi
falado na CEFOR - se cobrava ou não esses impostos. Não estavam sendo cobrados.
A partir de uma decisão judicial, a Prefeitura está autuando essas empresas
para que paguem esses impostos. Como as empresas também vão ter que pagar a
diferença de anos anteriores, a Prefeitura está baixando a alíquota de 5% para
2,5% para compensar o pagamento desses impostos retroativos a cinco anos.
Então, são duas
questões consideráveis, e nós, nesta Casa, não podemos nos omitir: temos que
aprovar este Projeto para que as nossas empresas tenham força e competitividade
com empresas não só de outras cidades, mas também de outros Estados. Obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Airto
Ferronato desiste de discutir a matéria, pelo que a Casa agradece
profundamente, porque isso colabora com a celeridade do processo.
Peço a atenção dos
Srs. Vereadores para o seguinte: as Emendas nº 01 e nº 03 estão destacadas;
depois, nós temos a retirada das Emendas nº 04 e nº 07. Portanto, nós vamos
começar a votar a Emenda nº 01, cujo autor é o Ver. João Carlos Nedel, Relator
da matéria. Alguma dúvida? (Pausa.)
Em votação a Emenda
nº 01, destacada, ao PLCE nº 008/09. (Pausa.)
O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada,
ao PLCE nº 008/09.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Prezado Ver.
Sebastião Melo; Vereadores e Vereadoras, encaminhei esta Emenda, fruto de um
debate de muitos anos - de muitos anos! - e que está causando uma série de
complicações para as pequenas empresas de Contabilidade, de Engenharia, de
Advocacia e de outras profissões liberais.
O Decreto que
regulamentou essa parte da Lei extrapolou a própria Lei, causou várias
interpretações, e a fiscalização do Município está exagerando - e digo aqui,
claramente, na frente dos fiscais -, está exagerando na dose! E isso tem
trazido um passivo judiciário muito grande para o Município; e mais: tem
mandado pequenas empresas de prestação de serviço, profissionais, para fora de
Porto Alegre. Em nome de uma necessidade de trazer arrecadação para o
Município, se extrapolam as funções. E aí o corporativismo também entra,
extrapolando a Lei. E quem faz a lei é esta Casa, não são os funcionários
públicos! É esta Casa! É esta Casa! Então, vamos respeitar a Lei! Esta Emenda
respeita a Lei e vai exigir que o Decreto seja melhorado, seja efetivamente
incentivador das pequenas empresas de prestação de serviços em nossa Capital;
portanto, peço a aprovação desta Emenda.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 01,
destacada, ao PLCE nº 008/09.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, fui aplaudido quando desisti de me manifestar,
até para a celeridade do processo; agora, ouvindo a manifestação do Ver. Nedel,
eu sou obrigado a vir para cá, porque eu sou Fiscal de Tributos; fui Fiscal
Federal por 10 anos; sou Fiscal Estadual há mais de 20 e acredito na
fiscalização de tributos.
Nós, Ver. Nedel, não
somos fiscalistas, só que temos o dever constitucional - sob pena de
responsabilidade fiscal, sob pena de perdermos o nosso emprego, de sermos
irresponsáveis - de agir de acordo
com o que diz a Lei da União, do Estado e do Município.
Há mais de 20 anos,
eu digo aqui - e falei depois que saí da Casa - que é necessária uma análise
nacional sobre a guerra fiscal, pois esta guerra não leva a nada; só tira e,
normalmente, tira da pessoa mais pobre, porque, em toda e qualquer prestação de
serviços, seja do comércio, da indústria ou do prestador de serviço, todo
tributo é repassado no preço, e o preço vai para o consumo final. Então, na
verdade, independentemente da posição do que cada Vereador vai votar com
relação à Emenda nº 01, nós, Fiscais de Tributos, estamos aí para seguir e agir
de acordo com o que se prescreve em cada lei aprovada na União, no Estado e no
Município. E eu penso que ao fato de aprovar, cada vez mais, alguma retirada de
ISSQN - eu sou favorável à ideia, vou votar favorável ao Projeto que reduz para
2,5% as alíquotas desses tributos -, sou favorável e acho bastante adequado.
Agora, nós, como Vereadores responsáveis, precisamos analisar que, à medida que
reduzirmos demais o ISSQN, talvez sejamos forçados a aumentar demais, Ver.
Brasinha, o IPTU para fazer frente às despesas do Município.
Portanto, temos que
ter uma visão bastante serena, clara e concisa daquilo que está acontecendo.
Votamos favoravelmente, Vereador. Então, um abraço a vocês. Nós, Fiscais, Ver.
João Nedel, somos responsáveis e somos obrigados a seguir o que determina a
Lei.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação
nominal, por solicitação do Ver. Nedel, a Emenda nº 01, destacada, ao PLCE
008/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por votos 09 SIM,
17 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação a Emenda
nº 03 ao PLCE nº 008/09. (Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 03 ao PLCE nº 008/09.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver.
Sebastião Melo; Srªs Vereadoras e Srs. Vereadores, a palavra de
ordem é justiça - J-U-S-T-I-Ç-A -, justiça tributária. Por iniciativa da Casa
do Povo de Porto Alegre, no início da década de 90, entendendo as dificuldades
daqueles aposentados e pensionistas cujos rendimentos não excediam três
salários mínimos, resolveu fazer com que essas pessoas não pagassem IPTU nem
Taxa de Lixo. Foi uma iniciativa humana, lógica e séria e foi aprovada pela
unanimidade desta Casa.
Há dois ou três anos,
nós votamos o Projeto de Lei sem ter conhecimento do mesmo, apesar de alguns
Vereadores, como o Ver. Luiz Braz e eu, tentarem chamar atenção para o fato de
que estávamos praticando uma injustiça contra aqueles pensionistas e
aposentados que tinham vencimentos inferiores a três salários mínimos. Foi
colocado um teto de 60 mil UFMs; abaixo disso, não se pagaria IPTU nem Taxa de
Lixo. Aqueles que tivessem acima de 60 mil UFMs, pagariam, integralmente, o
IPTU e a Taxa de Lixo. Ora, se eu tenho um prédio que vale 60.010 UFMs, eu pago
um total de imposto sobre 60.010 UFMs. Mas se isentaram 60 mil, por que não
isentar dessas pessoas? Ou imaginam que todos aqueles que tenham prédios com
algum valor realmente tenham recursos para pagar o IPTU, só porque o prédio
vale mais? Quando se fez essa Lei, nesta Casa, uma pessoa cujo marido, pelos serviços
prestados à Prefeitura, tinha nome numa avenida importante, não podia pagar o
IPTU, e disseram a ela naquele tempo: “A senhora venda a casa e se mude.” Mas
acontece que, naquela casa, nasceram os filhos dela; naquela casa, ela viveu
longa vida com seu esposo, que faleceu e deu seu nome a uma avenida.
Conheço um motorista
de táxi que tem uma casa que vale mais de 60 mil UFMs, só que ele trabalhou a
vida inteira para aquilo, juntando pedacinho mais pedacinho, e, somando, e a
casa vale mais do que isso. Não é justo que ele, por justiça tributária, também
não seja isento de 60 mil UFMs e pague o excedente. Então, o que eu estou
pedindo a esta Casa é que se faça justiça, justiça tributária. Eu fui muito
claro quando justifiquei, e ouçam o que diz a Exposição de Motivos (Lê.): “A
fixação pura e simples de um limite como existente incorre em um erro, de vez
que o imóvel com o valor venal de até 60 mil UFMs será beneficiado com isenção,
enquanto que outro, com valor venal, por exemplo, de 60.010 UFMs, minimamente
superior, será tributado pela totalidade.” Isso é uma desumanidade, não é
justiça, e muito menos justiça tributária!
Portanto, eu quero
chamar atenção dos meus Pares sobre o que aconteceu aqui, numa votação, onde
nós não examinamos um Projeto. O Secretário veio aqui e explicou qualquer coisa
sobre o Projeto, e, no outro dia, nós votamos sobre a égide do art. 81. Eu
espero que hoje nós recuperemos a justiça e que se faça a isenção até 60 mil
UFMs. Não estou fazendo nada para fazer com que a Prefeitura fique com recursos
mínimos. No dia 30 de outubro, a Prefeitura tinha 280 milhões de reais em
caixa, não vai fazer diferença; agora, para aposentados com menos de três
salários mínimos e que têm um imóvel mais valorizado, vai fazer uma grande
diferença. Isso se chama justiça tributária. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 03,
destacada, ao PLCE nº 008/09.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srªs
Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores, originalmente o Projeto e a
Lei que vigora eram de minha autoria, e lá em 1989, 1990, nós apresentamos um
Projeto de Lei isentando de IPTU a pessoa aposentada, pensionista, inativa, com
até três salários mínimos de renda. Lá, num determinado momento da história,
depois que eu saí daqui, mudaram a Lei. E esta Lei diz que, quando o imóvel
ultrapassa 60 mil UFMs, passa a pagar. Eu estou aqui para dizer que sou
amplamente favorável à ideia do Ver. João Antonio Dib. A Emenda é muito
apropriada, porque, com ela, se mantém até os 60 mil UFMs e se pagaria apenas o
excedente, ou seja, a diferença, porque não é possível que, se eu ganhar dois
salários mínimos e tiver um imóvel, que herdei da minha família, que vale 20
mil UFMs, eu não pago, pago zero.
Mas se eu tenho um imóvel, que também herdei da minha família, e ganho
exatamente os dois salários mínimos, e ele vale 61 mil UFMs, então vou pagar
100% do imposto. A ideia corrige um gravíssimo equívoco que existe na lei de
tributos. Portanto, estamos aí para dizer que vamos votar favoravelmente à
Emenda, porque ela é muito apropriada.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Não havendo
mais quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Antonio Dib, a Emenda nº 03, destacada, ao PLCE nº 008/09. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 19
votos SIM, 09 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES. (Palmas.)
Apregoo Requerimento,
de autoria deste Presidente, solicitando que as Emendas nºs 05, 06,
08 e 09 ao PLCE nº 008/09 sejam votadas em bloco.
Em votação o bloco
constituído pelas Emendas nºs 05, 06, 08 e 09 ao PLCE nº 008/09.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver.
Pedro Ruas.
Em votação o PLCE nº
008/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO, com o voto contrário do
Ver. Pedro Ruas. (Palmas.)
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, como
eu fui escalado pela Mesa Diretora para a coordenação das questões de
comunicação relativas à TVCâmara e à Rádio Web, eu peço aos Srs. Vereadores
que, se alguém tiver algum problema sobre gravações na TVCâmara ou na Rádio
Web, por favor, me procure, porque nós temos uma planilha, nós observamos a
equanimidade de todo o mundo para não haver problemas de constrangimento com
estagiários e com servidores da Casa, que estão fazendo diligentemente o seu
trabalho. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Muito
obrigado, Ver. Adeli, pela contribuição.
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h21min.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 16h22min): Estão reabertos os trabalhos.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 5572/09 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 009/09, que altera a Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro
de 1973, que institui e disciplina os tributos de competência do Município, e dá
outras providências.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e
CUTHAB. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA
– art. 82, § 1º, I, da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLCE nº 009/09. (Pausa.) Só para o entendimento dos Srs.
Vereadores, esta matéria é a que dá isenção do Imposto de Serviços de Qualquer
Natureza aos proprietários de táxi. Também foi incluída uma Emenda que impede
que inadimplentes com a Fazenda Municipal sejam inscritos no SPC e no Serasa.
O Ver. Valter
Nagelstein está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/09.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, eu pretendo fazer uma discussão muito rápida e, com a sua vênia,
daqui do microfone de apartes. Quero cumprimentar a equipe da Fazenda que está
aqui conosco e que entendeu, Ver. Tarciso, em fazer esse acordo para nós
retirarmos.
Também quero
cumprimentar V. Exª pela observação que fez de que, de fato, nós poderíamos
estar penalizando os pequenos.
Também cumprimento a
Verª Celeste e a oposição pela Emenda que propuseram; Emenda essa que nós
assinamos e, portanto, consensualizamos.
Vamos ficar na expectativa, Verª Celeste, destas
duas questões: primeiro, que nós construamos um acordo em conjunto e, logo em
seguida, nós trabalharmos no outro Projeto que a Fazenda se compromete em
mandar; e a oposição, por sua vez, se compromete não em votar, obviamente, mas
em dar o ensejo e a possibilidade para que o Projeto
tramite nesta Casa. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maria
Celeste está com a palavra para discutir o PLCE nº 009/09.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, para
reiterar o compromisso da Bancada do PT - e solicitei que o nosso Vice-Líder
estivesse junto porque assumirá a liderança da Bancada do Partido dos
Trabalhadores no próximo ano -, de, ao encaminhar uma Emenda suprimindo as
outras questões que não aquelas pertinentes à questão dos taxistas, que está
adequada no Projeto, nos comprometemos em acelerar, se for necessário, o
processo da tramitação do Projeto que será enviado no próximo período ou no
próximo ano para esta Casa. Então, este é o compromisso da liderança do PT,
assumido aqui pela Líder e pela Vice-Líder.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação a Emenda nº 01 ao PLCE nº 009/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o
PLCE nº 009/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
REQ. Nº 155/09 – (Proc. nº 5896/09 – Verª
Sofia Cavedon) – requer Moção de
Solidariedade ao Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, pela Campanha
Ficha Limpa, e ao Projeto de Lei de iniciativa popular nº 518/09, sobre a vida
pregressa dos candidatos.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento nº 155/09. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com
a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 155/09, como autora.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Srªs Vereadoras, o Projeto de Lei que ganhou o nome de
Ficha Limpa chegou à Câmara Federal com o apoio de 1,3 milhão de assinaturas, e
a proposta é assinada por uma série de entidades nacionais que compõem o
movimento de combate à corrupção eleitoral. Nós temos notícias que o Congresso
Nacional não votará este ano, o que para mim, na minha opinião, é uma notícia
muito triste, porque todos estamos acompanhando as seguidas denúncias de
corrupção, de envolvimento de parlamentares, de envolvimento de chefes de
Executivo, de Câmaras, de presidências de Câmaras envolvidas em desvio de
recursos públicos. Muitos dizem que o problema é o povo, que não sabe votar,
Ver. Nelcir Tessaro. Eu acho que esse não é um problema do povo. Em primeiro
lugar, o povo é ludibriado quando alguém que já sofreu um processo, alguém que
foi julgado em 1ª Instância - porque o Projeto tem uma série de critérios - se
recandidata; está se defendendo na Justiça, mas é candidato, se evolveu numa
série de questões.
O Projeto de Lei
propõe que a parte das instituições públicas seja feita. Claro que nós queremos
melhorar a cultura do voto, a cultura política, e aí depende de uma Reforma
Eleitoral, depende da nitidez dos projetos partidários, depende da nossa mídia,
porque, se a população escuta falar uma vez de um determinado Senador ou de um
determinado Vereador que esteve envolvido em problemas ilícitos, mas depois
nunca mais ouve nada, aquilo vai para a Justiça, bom, aquele nome é conhecido,
a pessoa não ouve, não lê jornal, muita gente neste País não consegue ter
informação qualificada como nós temos no cotidiano. Então não é o problema do
povo votar mal; o problema é que as nossas instituições permitem a impunidade,
permitem a renúncia para não ser cassado - renuncia e depois se recandidata -,
e assim uma série de elementos que fazem com que o povo, de forma ingênua, de
forma não esclarecida, reconduza políticos, e depois, no momento da corrupção,
de o fato aparecer, há uma indignação geral, uma comoção geral.
Acho que são medidas
importantes. Este Projeto de Lei é fruto da indignação popular, da mobilização
social. É bonito ver, no País, que a sociedade organizada propõe que o fim da
impunidade se estabeleça para fins da representação política. E me parece muito
pertinente.
Eu não queria que o
ano terminasse sem a nossa Casa, Ver. Dr. Raul, dizer que quer, realmente, que
ajudemos o povo para que este não seja enganado pelos milhares de trâmites
possíveis, onde quem está envolvido em corrupção acaba passando ao largo e se
recandidatando, e o povo esqueceu, não tem informação, não sabe e acaba
reelegendo a pessoa que as instituições que a têm que afastar, que as instituições
que a têm que punir não o fazem.
O recente episódio do
Senador da República indignou todos nós,
inclusive o meu Partido, por não ter votado por Comissão de Ética. Então, há
muitas questões, os próprios Parlamentares julgarem um Parlamentar acaba
criando a dificuldade de a própria instância fazê-lo. Então, é um sistema
político que não ajuda o povo a depurar. A ideia é que nós, como Câmara de
Porto Alegre, nos manifestemos a favor do Projeto Ficha Limpa, apoiando a
mobilização da sociedade, Ver. Brasinha.
(Aparte
antirregimental.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ficha Limpa significa
que ninguém que esteja envolvido em processos judiciais possa... Vou ler uma
síntese (Lê.): “O Projeto de Lei (...) pretende: aumentar as situações que
impeçam o registro de uma candidatura, incluindo...”
(Aparte
antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: (...) “- no caso de
políticos com foro privilegiado - em virtude de crimes graves como: racismo,
homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas. Essas
pessoas devem ser preventivamente afastadas das eleições até que resolvam seus
problemas com a Justiça Criminal; Parlamentares que renunciaram ao cargo para
evitar a abertura de processo por quebra de decoro ou por desrespeito à
Constituição e fugir de possíveis punições; pessoas condenadas em
representações por compra de votos ou uso eleitoral da máquina administrativa.”
Todas são situações
graves que hoje não impedem o cidadão de se candidatar. É claro que o Projeto
sofrerá algum ajuste, mas ele deveria ser analisado pelo Congresso em respeito
à mobilização da sociedade e à expectativa que a sociedade tem de medidas que
coíbam a corrupção.
Então, a ideia é que
nós nos manifestemos para que tenha andamento este Projeto na Câmara Federal.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento n° 155/09.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente
desta Casa, Ver. Sebastião Melo; demais Vereadores, Verª Sofia, eu só vejo um
inconveniente na sua proposição, mas é claro que vou votar favoravelmente a
ela: os Partidos já têm dificuldade para comporem as suas legendas, e agora vai
ficar mais difícil.
Esta Casa, Presidente
Sebastião Melo, votou um Projeto que modificou toda a legislação do Conselho
Tutelar. Verª Maria Celeste, nós trabalhamos, a Casa toda trabalhou, juntamente
com o Executivo, com a participação do Ministério Público - e aqui vejo o
Conselheiro Rodrigo - para que houvesse essas modificações.
Se nós aqui em Porto
Alegre, para o Conselho Tutelar, passamos a exigir ficha corrida, cível e
criminal, por que não se pode e não se deve exigir isso para os cargos de
Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, Governador e Presidente
da República? Só o que faltava agora era nós exigirmos ficha corrida, civil e
criminal, para os Conselheiros Tutelares, e, para os demais cargos públicos
deste País, deixar do jeito que está.
Hoje, da forma como
está, o candidato apresenta tão somente uma ficha corrida criminal. Quer dizer,
ele pode - e tenho certeza de que há muitos casos - estar com procedimentos
desmerecedores, e, por ele não estar respondendo a um processo crime, concorre
a qualquer cargo público: municipal, estadual e nacional.
Então, Verª Sofia
Cavedon, nós temos a obrigação de apoiar esta proposição. E eu não vejo outro
caminho.
Como eu já disse
anteriormente, os deputados têm que olhar para esta Casa, Ver. Reginaldo Pujol,
que, nos últimos dias, aprovou um Projeto que trouxe um novo regramento, uma
nova maneira de permitir que cidadãos concorram a esse cargo - também
importante - de Conselheiro Tutelar, exigindo ficha corrida civil e criminal, o
que não é exigido hoje para os Parlamentares de um modo geral.
Então, os Deputados
Federais, o Congresso Nacional, enfim, Brasília, devem dar uma olhadinha aqui
para Porto Alegre. E para isso, Vereador-Presidente desta Casa, que representa
todos nós, estamos de parabéns, porque, ainda que em alguns pontos não tenhamos
tido acordo, Ver. Mauro Zacher, com a honestidade, tivemos acordo. E é por isso
que a cumprimento, Verª Sofia, e também os demais Vereadores, e também faço um
apelo para que façamos isso, esperando que as demais entidades também o possam
fazer, porque a Reforma Política neste País é a primeira, é “a mãe de todas das
reformas”. Falo de Reforma Tributária, Trabalhista, enfim, outras tantas
reformas que são necessárias. Agora, enquanto não mexerem com a Reforma
Política, eu não acredito que outras possam acontecer. Esta Reforma Política
precisa ser feita. Precisamos ter outro regramento, outras exigências, para que
vereadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores e governadores
concorram com outras exigências. Só assim vamos, com certeza, diminuir aquilo
que estamos vendo aí na imprensa, que acaba denegrindo a imagem de todos nós, e
muitas, milhares de vezes, de forma até injusta, porque infelizmente não são
todos que têm condições de discernir isso. Muitas vezes, somos judiados até
pela própria mídia, e por isso a mídia também tem um papel importante neste
momento, o de divulgar o que fizemos aqui. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
155/09.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srªs
Vereadoras, Srs. Vereadores; a Moção de Solidariedade que é proposta pela Verª
Sofia Cavedon diz claramente o seguinte (Lê.): “A Campanha Ficha Limpa foi
lançada em abril de 2008 com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos e
candidatas a cargos eletivos do País. Para isso, foi elaborado um Projeto de
Lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos que pretende
tornar mais rígidos os critérios de inelegibilidades, ou seja, de quem não pode
se candidatar. O Projeto Legislativo de iniciativa popular precisa ser votado e
aprovado no Congresso Nacional para se tornar lei e passar a valer em todas as
eleições brasileiras. No dia 29 de setembro, o Movimento de Combate à Corrupção
Eleitoral - MCCE - entregou ao Presidente da Câmara dos Deputados o Projeto de
Lei de iniciativa popular, junto com 1,3 milhão de assinaturas, o que
corresponde à participação de 1% do eleitorado brasileiro, já foi protocolado
na Mesa da Câmara e iniciou o seu processo de tramitação na Casa.
O Projeto de Lei de
iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos, pretende: aumentar as
situações que impeçam o registro de uma candidatura, incluindo pessoas
condenadas em primeira instância ou única instância ou com denúncia recebida
por um tribunal...” Paro por aqui, Sr. Presidente, porque não posso condenar
ninguém sem que essa pessoa, antes, tenha, constitucionalmente, ampla
possibilidade de defesa. A aceitação da denúncia não implica condenação.
Então, eu tenho lido
muito sobre o que pretende este Movimento, que tem as melhores intenções, ou
seja, de promover a limpeza, no território brasileiro, de candidatos. Eu
conheço inúmeras pessoas que foram denunciadas, processadas e, após,
inocentadas.
A vigorar o que diz a
Verª Sofia Cavedon, o recebimento da denúncia - Ver. Marcantônio, V. Exª, que é
o homem das leis - não implica condenação. Qualquer ato condenatório a quem não
tiver ampla defesa, neste País, será nulo de pleno direito, além de injusto.
Não podemos, Sr. Presidente,
na busca de extirpar da política brasileira algumas pessoas. Sr. Presidente, eu
sei que há pessoas que estão sendo processadas, pessoas de bem, pessoas que eu
acredito que, ao final, vão ser inocentadas. O Dr. Raul Pont está sendo
processado; houve denúncias contra ele encaminhadas, e ele será impedido de
concorrer nas próximas eleições antes de ser julgado? E julgado numa única
instância! Está-se retirando o direito de recurso das pessoas! Isso é um
retrocesso da vida institucional deste País.
Então, Ver. Airto
Ferronato, ouça o que eu vou dizer: “De boas intenções - diz o adágio popular -
o inferno está cheio.” Querer fazer essa limpeza salutar da política brasileira
é algo que tem que se fazer com muita competência e habilidade, e não do jeito como
hoje ocorre no País.
Hoje, Ver. Manfro, os
veículos de imprensa denunciam, julgam, colhem o recurso e decretam ad aeternum que a pessoa está punida!
Não adianta um jornalzinho depois botar “suposta”, ninguém lê mais esse
“suposta”; a pessoa fica lendo só a manchete!
Então, eu não tenho
dúvida nenhuma, o meu Partido acaba de perder o único governador de Estado que
tinha porque não quis ficar solidário com a corrupção. Esse homem, dizem as
pessoas de Brasília, arrisca dar a volta por cima e até se reeleger porque está
fazendo um grande governo!
Agora, esse
denuncismo irresponsável ocorre no País, e tantos se dão o direito de
denunciar! Ora, há um monte de pessoas, aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo,
sobre as quais foi encaminhada denúncia! Eu tenho certeza absoluta de que
muitas dessas pessoas serão absolvidas, até porque é muito fácil fazer-se uma
acusação, politicamente, e colocar no jornal, e aí vem a condenação, a pior
condenação que o homem público pode ter: a condenação política! Agora, a condenação
judicial é outra história; na decisão judicial, é outra história, porque
existem parâmetros, existem determinações e regras que têm que ser seguidas.
Então, eu quero dizer
o seguinte: o Pujol pode até se “ferrar” e se queimar, mas eu não vou apoiar essa
proposta de ficar aplaudindo este Movimento que, para mim, não está muito
claro. Ao ler o que está escrito na proposta está malconcebido, é um
retrocesso, dentro da ordem jurídica, querer condenar por antecipação uma
pessoa por ter recebido uma denúncia. As pessoas não são condenadas, Dr. Pedro
Ruas... Nós não vamos negar a ninguém o direito de esgotar as instâncias na
busca da sua inocência. Na área criminal, diz-se, com muita propriedade, que é
preferível ter algum culpado solto a um inocente preso. Então, eu não vou
querer, antes de a Justiça reconhecer, pretender ter uma postura sobre a qual
há risco de se dizer fascistoide, de querer fazer “à moda diabo” uma limpeza
onde é preciso ocorrer uma limpeza séria, e não uma limpeza demagógica de quem
quer ganhar pontos quanto a isso. Existe gente que anda atrás desta proposta
que já bateu palmas para muito sujeito que está condenado nos dias de hoje,
buscando renovar a sua condenação.
Eu não sei se o Sr.
José Dirceu vai ser condenado! Não sei! Ele está usando as prerrogativas que a
Lei lhe oferece, a Constituição lhe garante. E, junto com eles, dizem que isso
aí é contra o Maluf. Se o Maluf consegue ser inocentado é porque os seus
acusadores são muito frágeis e os seus argumentos são muito fracos. Não adianta
ficar falando, falando, falando; na Justiça valem o que processam, vale o que
está escrito. E se alguém é condenado, realmente é porque teve uma vida
pregressa que compromete a sua presença na vida pública. Mas, se não o for, por
uma simples denúncia, ora, Isso é fascismo puro e simples.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: A ideia é apoiar que
o Projeto seja votado. É claro que haverá ajustes, não é na íntegra, Ver.
Pujol. A ideia é que o Congresso Nacional faça lá as suas emendas e adequações.
Estamos votando na ideia, no espírito do Projeto. Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Luciano
Marcantônio está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
155/09.
O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Sr.
Presidente, Srªs Vereadoras, Srs. Vereadores, sobre esta Moção que
está sendo debatida aqui na Câmara, eu tenho a mesma preocupação do Ver. Pujol.
Nós, que somos representantes da sociedade, que formamos a classe política,
que, infelizmente, tem uma imagem, na maioria das situações, extremamente
negativa perante a população em relação à honestidade, à lisura no exercício
dos nossos mandatos, no exercício da nossa atividade pública, temos o dever de
ser os mais preocupados em relação ao combate à corrupção, devemos ser os
maiores responsáveis pela fiscalização, pela cobrança e, principalmente, pela
transparência das estruturas públicas em relação às questões administrativas e
combater severamente a impunidade.
Agora, a melhor
maneira para acabar com políticos corruptos, políticos condenados ou políticos
denunciados, indiciados, é começar um processo de transformação da política
educacional no nosso País. Será através da Educação que nós vamos construir uma
sociedade culturalmente capaz de eleger políticos com ideais, com valores, com
caráter, que, no exercício público, jamais farão o que hoje nós estamos vendo,
que é esse “mar de lama”, de corrupção, em que, infelizmente, quem está mais
exposto é a classe política, mas nós sabemos que a elite econômica brasileira é
a maior responsável pelo fracasso do nosso desenvolvimento cultural e
educacional, e essa elite econômica nunca priorizou, nunca se interessou e
nunca valorizou os políticos que colocaram como a sua maior bandeira a
educação.
Este é o nosso dever:
combater a corrupção pela raiz, combater a corrupção na sua origem, na sua
causa, e é através da educação que nós vamos acabar com a impunidade, e é
através da educação também que nós vamos acabar com políticos corruptos, é
através da educação que vamos ter uma sociedade cidadã.
Sobre essa Moção,
especificamente, eu teria o maior prazer em aprová-la se fosse relacionada à
condenação judicial. Não importaria mesmo que fosse na primeira instância, mas
tirar da vida pública pessoas que sofreram indiciamento ou denúncia, e nós
sabemos que, nesse sistema processual , ainda não houve o direito de defesa, é
um absurdo, é uma temeridade e uma injustiça! Mas, sim, se for condenado pelo
Judiciário, mesmo na primeira instancia, e se esse Projeto de Lei existir na
Câmara dos Deputados, com certeza seremos os maiores lutadores para que ele
seja aprovado. Agora, da forma como está aí, é perigoso, porque sabemos que o
próprio Ministério Público, a própria Polícia Federal, assim como Judiciário,
também são feitos de homens, e homens podem falhar, e nós não podemos correr o
risco de, sem direito de defesa, o Ministério Público, ou a Polícia Civil, ou a
Polícia Federal, ou o Ministério Público Estadual ou Federal possam decidir o
futuro de um homem público. Agora, no Judiciário, sim, se houver a condenação,
tenho certeza de que esse Projeto de Lei contribuiria muito em relação à
impunidade e à corrupção em nosso País.
Este é o registro que
eu quero fazer, no qual coloco a educação como a principal maneira de acabarmos
com a corrupção. E o Judiciário, numa condenação em primeira instância, também
contribuiria muito para melhorarmos a categoria e a qualificação da nossa
classe política. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Pedro
Ruas está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 155/09.
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Srªs
Vereadoras e Srs. Vereadores, o Requerimento de autoria da Verª Sofia Cavedon,
na verdade, nos traz a oportunidade de um debate dos mais relevantes, porque
nós tratamos, efetivamente, do que é o Projeto Ficha Limpa, do que são mãos
limpas na política, o que é na verdade uma preocupação da sociedade brasileira
nos dias atuais.
Por muitos e variados
motivos, nós temos percebido a indignação crescente - e ainda bem que existe -
da sociedade em relação às teias, aos tentáculos gerais da corrupção,
particularmente no meio político. E essa corrupção, que tem um aspecto
cultural, é, de alguma maneira, também sistêmica, mas acaba tendo, em algum
nível, uma relação muito direta, Verª Sofia Cavedon, Srs. Vereadores e Srªs
Vereadoras, com a biografia do agente político. E isso é inegável. Não é à toa
que são exatamente os currículos dos candidatos, as realizações das pessoas que
são avaliadas numa disputa eleitoral.
Eu digo sempre, e há
muitos anos, Ver. Haroldo de Souza, que, se as pessoas em geral, basicamente o
eleitorado, soubessem dos políticos o que sabem, por exemplo, dos jogadores de
futebol ou dos artistas de novela... Dos jogadores, Ver. Haroldo, meu caro
Líder do PMDB, sabe-se com que perna chutam, que peso têm, que idade têm, além
da posição e dos clubes onde jogaram. Dos artistas, sabem com quem casaram, com
quem tiveram filho, quantas novelas fizeram, quantos filmes farão. E dos
políticos não sabem nada! Nada! Se a população soubesse dos seus representantes
dos poderes legislativo e executivo o que sabe dos seus ídolos esportivos e
artísticos, nós teríamos uma outra, entre aspas, “classe política”. E eu digo
isso com todo o respeito às opiniões em contrário, há argumentos válidos em
contrário, como a do Ver. Luciano Marcantônio, que expôs alguns; a do Ver.
Pujol, que expôs outros, que são respeitáveis, e coloco aqui a posição do PSOL.
O Projeto que tramita
no Congresso Nacional é de iniciativa popular importante, ele faz diferença.
Não vamos nos iludir que a eliminação dos políticos que já têm, na sua
biografia, o desmando administrativo, a corrupção, os delitos comprometedores,
isso, por si só, elimina a corrupção; é claro que não, mas ajuda no combate.
Nós sabemos bem, aquele que delinquiu na esfera pública tem uma chance imensa
de voltar a fazê-lo, há esse dado estatístico. Como diz o Ver. João Dib, todo o
erário é público; portanto, o dinheiro público, o erário, é sagrado, pois
tratamos de necessidades infantis, de mortalidade infantil, de merenda escolar.
Este escândalo, que é a Operação Solidária, escândalo de Canoas que acabou
atingindo todo o Rio Grande, com vários políticos ali que serão candidatos e
provavelmente reeleitos e, daqui a dois ou três anos, indiciados, acusados,
réus de novo do Ministério Público, de novo da Política Federal.
Então, Sr. Presidente
e Srs. Vereadores, respeitadas as posições em contrário, a Bancada do PSOL
encaminha favoravelmente e com louvor à Verª Sofia Cavedon, porque nos permite
termos também uma manifestação de apoio a um projeto que, de alguma maneira,
contribui para melhorar o nosso País.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, o Requerimento nº 155/09. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 16 votos SIM, 03 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 3388/09 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 021/09, que altera o “caput” e o § 1º do artigo 7º da Lei nº
9.329, de 22 de dezembro de 2003, que institui, no Município de Porto Alegre, a
Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública, prevista no art.
149-A da Constituição Federal.
Parecer:
- da CCJ. Relatora
Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável
da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 113 da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Em discussão o
PLE nº 021/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLE
nº 021/09. (Pausa.) APROVADO por 23
votos SIM e 02 ABSTENÇÕES.
Apregoamos o Requerimento,
de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, solicitando a retirada da votação em Regime
de Urgência o PLL nº 095/09.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que solicita a retirada da
votação em regime de urgência do PLL nº 095/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoamos o
Requerimento, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, relativamente ao PLL nº
095/09, de inclusão na Ordem do Dia, por força do art. 81 da Lei Orgânica do
Município.
Apregoamos o
Requerimento, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, relativamente ao PLL nº
154/09, de inclusão na Ordem do Dia por força do art. 81 da Lei Orgânica do
Município.
Apregoamos o
Requerimento, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, relativamente ao PLL nº 149/09,
de inclusão na Ordem do Dia por força do art. 81 da Lei Orgânica do Município.
Apregoamos o Requerimento,
de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, ao PLL nº 149/09, solicitando a retirada do
regime de urgência.
Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que solicita a retirada do
regime de urgência do PLL nº 149/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 4115/09 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 003/09, de autoria da
Verª Juliana Brizola, que altera o art. 18 da Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, dispondo sobre a declaração de bens e rendas de ocupantes de
cargo, emprego ou função da administração pública do Município.
PROC.
Nº 4116/09 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 004/09, de autoria da
Verª Juliana Brizola, que altera o inc. I do art. 17 da Lei Orgânica do
Município de Porto Alegre, dispondo sobre a declaração de bens e rendas de ocupantes
de cargo, emprego ou função da Administração Direta e Indireta do Município.
PROC.
Nº 5185/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 230/09, de autoria dos
Vereadores Mauro Zacher e Ervino Besson, que denomina Rua Adalberto Vedana o
logradouro não cadastrado conhecido como Rua J – Vila Monte Cristo –,
localizado no Bairro Vila Nova.
PROC.
Nº 5188/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 232/09, de autoria do
Ver. Aldacir José Oliboni, que institui, no Município de Porto Alegre, a Feira
Estadual de Artesanato e dá outras providências.
PROC.
Nº 5249/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 234/09, de autoria do
Ver. Engenheiro Comassetto, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao
Senhor Manuel Maria Ventura Ventura.
PROC.
Nº 5613/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 050/09, de autoria do Ver. João Carlos
Nedel, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao senhor Ananias Cypriano Alves.
PROC.
Nº 5727/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 046/09, que declara de
utilidade pública a Associação dos Amigos do Projeto Abrindo Horizontes.
PROC.
Nº 3628/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/09, de autoria dos
Vereadores Emerson Dutra e Pedro Ruas, que obriga as concessionárias do
transporte coletivo do Município de Porto Alegre a proverem, nos locais de
ponto final de itinerário, condições de abrigo para fins de permanência de seus
trabalhadores e dá outras providências.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 3544/09 – SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria dos Vereadores Nelcir Tessaro e
Reginaldo Pujol, que institui o Programa de Recuperação de Crédito Habitacional
do SFH e o Programa de Recuperação de Créditos Imobiliários Oriundos de
Recursos Próprios e dá outras providências, ao PROJETO
DE LEI DO EXECUTIVO Nº 023/09.
PROC. Nº 5248/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 044/09, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que concede a Comenda Porto do
Sol à Sociedade Recreativa e Beneficente Estado Maior da Restinga.
PROC. Nº 5272/09 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 235/09, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que altera o
art. 1º da Lei nº 10.029, de 25 de julho de 2006 – que denomina Esplanada Edgar
Klettner um logradouro público cadastrado conhecido como Esplanada 3136,
localizado no Bairro Passo da Areia –, dispondo sobre a identificação desse
logradouro.
PROC. Nº 5348/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº
048/09, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que concede Troféu Câmara
Municipal de Porto Alegre ao Porto Alegre Futebol Clube Ltda.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
(Pausa.) Desiste.
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, nós,
da Bancada da oposição, queremos encaminhar um Requerimento a V. Exª e ao Exmo
Sr. Presidente desta Casa, Sebastião Melo, para a convocação do comparecimento
a esta Casa do Secretário Municipal da Fazenda, Sr. Cristiano Tatsch, a fim de
prestar esclarecimentos sobre sua participação nos processos licitatórios do
Programa Integrado Socioambiental - Pisa - bem como sobre as gravações
veiculadas pela imprensa, que envolvem seu nome. Estamos embasados no inciso V
da Lei Orgânica do Município e também no inciso X do art. 57 do Regimento desta
Casa, para requerer a convocação do comparecimento do Secretário Municipal da
Fazenda, Sr. Cristiano Tatsch.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Conforme
orientação da douta Diretoria Legislativa, estamos fazendo o recebido.
Portanto, está anotado e irá à votação.
O SR. VALTER NAGELSTEIN (Questão de Ordem): Podemos votar agora o Requerimento?
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Não, não podemos votar agora. A votação será amanhã, tem que entrar na
Ordem do Dia. Não é requerimento de plenário.
Não havendo mais nada
a tratar, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 17h08min.)
* * * * *